Foi preso na tarde desta sexta-feira, 10, na praça Lions, no bairro da Pajuçara, em Maceió, o homem suspeito de estuprar, nas primeiras horas de hoje, uma funcionária de uma clínica no bairro do Farol. No momento em que foi pego, ele estava usando a mesma roupa com a qual aparece em nas imagens das câmeras do local do crime.
Em entrevista coletiva, realizada na sede da Polícia Civil, a equipe responsável pela investigação do caso confirmou o histórico policial do suspeito, identificado pelas iniciais I. E. da S., de 22 anos, natural do município de Rio Largo, na região metropolitana da Capital.
O homem, que está em situação de rua, já foi detido por furto, roubo, lesão corporal e destruição, desde 2013, quando ainda era menor de idade.
Os agentes confirmaram ainda que a ação aconteceu de maneira muito rápida, em menos de 10 minutos. Segundo registrado pelas câmeras ele invadiu o estabelecimento, localizado na rua José de Alencar, às 6h10 e saiu de lá às 6h18.
Ele amarra as mãos da vítima e puxa seu cabelo a todo instante. Ele obriga a mulher a mostrar o conteúdo da sua bolsa e depois a leva ao banheiro, onde ocorreu a violência sexual. As câmeras mostram que dos oito minutos que ficou dentro da clínica, seis deles ele estava com a vítima no banheiro, onde não há circuito de gravação. Após o crime, o acusado deixa a clínica a pé.
De acordo com Antônio de Pádua, coordenador da Operação Policial Integrada Litorânea (Oplit), equipe responsável pela prisão do suspeito, o homem não reagiu à prisão e nega a prática de estupro, mas assume o roubo do celular, que ele já teria vendido na feira do Rato por R$ 200,00, para comprar drogas. Ele foi levado para a Delegacia da Geral da Polícia.
Questionado pela reportagem do Alagoas24Horas, se há chance de o crime ter sido planejado e de o autor usar a situação de rua para observar a movimentação da empresa, Pádua explica que ainda não pode afirmar isto, pois não sabe informar se o indivíduo que cometeu o crime dormia com frequência na frente da clínica, mas que era comum que diversas pessoas na mesma situação usassem a área da fachada da clínica como abrigo durante a madrugada.
A vítima prestou depoimento na Central de Flagrantes, mas o caso será investigado pela delegada Ana Luiza Nogueira, da 2ª Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher. Depois do registro, ela foi encaminhada ao Hospital da Mulher onde fará o exame de corpo de delito e tomará as medicações contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).