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Adolescente morta e enterrada na casa da família: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso

Geovana Costa Martins dos Santos, 13 anos, que estava desaparecida foi encontrada enterrada em quarto na casa em que morava. O pai confessou o crime e o irmão também foi preso.

José Alves/ Arquivo pessoal

Corpo de adolescente desaparecida é encontrado enterrado na casa que a família morava em Jacareí

A adolescente Geovana Costa Martins dos Santos, 13 anos, que estava desaparecida há mais de 20 dias, foi encontrada morta e enterrada na casa da família. O pai e o irmão da vítima foram presos pelo crime.

A Polícia Civil investigava o desaparecimento quando desconfiou da versão do pai – que era quem estava com ela no dia do sumiço – e começou a investigá-lo. Após a prisão, ele confessou o crime e disse que estava sob efeito de drogas.

O irmão da vítima também foi preso, suspeito de ajudar o pai a ocultar o cadáver.

Geovana da Costa Martins dos Santos está desaparecida desde o dia 20 de maio em Jacareí — Foto: Reprodução/ TV Vanguarda

Quem é a vítima?

Geovana Costa Martins dos Santos morava com a família em Jacareí. A adolescente mantinha uma rotina caseira, com estudos e participava de um grupo de escoteiros. Nas redes sociais, compartilhava vídeos que fazia com as amigas.

Quando a filha sumiu, em maio, pai preso suspeito de enterrá-la em casa disse que ela ‘levantou, tomou café e saiu’ — Foto: Reprodução/ TV Vanguarda

Como o caso começou?

No dia 20 de maio a família prestou queixa à polícia sobre o desaparecimento. O pai, Sidnei Martins, contou em sua primeira versão que por volta das 10h a filha saiu de casa para encontrar uma amiga e não foi mais vista.

Foram mais de 20 dias de busca com a mobilização de amigos e parentes. A família chegou a procurar pela imprensa e em entrevista à TV Vanguarda, o pai, fez um apelo para que a filha fosse devolvida à família.

De acordo com a polícia, durante a investigação foi descartada a hipótese de assassinato por envolvimento em algo ilícito ou brigas e um possível sumiço em área de mata, já que era escoteira.

No entanto, a versão do pai e do irmão começaram a se contradizer durante os depoimentos, o que levou a suspeita da polícia.

Como a adolescente foi encontrada?

Durante as buscas no bairro, a polícia percebeu que em um terreno baldio próximo à casa da família havia restos de construção com revestimento semelhante ao de um dos quartos da casa.

Somada às divergências no depoimento, os policiais decidiram fazer uma busca na casa e encontraram uma parte desuniforme no chão do quarto do irmão. Ao cavarem, o corpo da jovem foi encontrado.

Um vídeo mostra o momento em que o policial começa a cavar e encontra um saco. A mãe, o pai e o irmão estavam na casa no momento. O corpo de Geovana foi encontrado dentro de um saco amarrado, enterrado no quarto do irmão.

Quem foi preso e o que eles dizem à polícia?

Após encontrarem o corpo, o pai de Geovana confessou o crime e foi preso. Ele disse que antes de relatar o sumiço, na verdade, teve uma discussão com ela. De acordo com a polícia, o homem disse que havia feito uso de cocaína e que, alterado, estrangulou a jovem após uma briga.

O irmão da jovem, que dormia no quarto em que ela foi encontrada, também foi preso. De acordo com a polícia, há a suspeita de que ele tenha ajudado na ocultação do cadáver.

À polícia, o jovem de 20 anos contou que no dia em que o pai relatou o sumiço, ele fazia uma obra em seu quarto alegando que seria necessária uma pilastra no local – ele é pedreiro. Após isso, ele deixou o imóvel e quando voltou, percebeu que o chão estava irregular, mas sem a pilastra, no entanto não suspeitou do pai.

Os dois foram presos em flagrante, passaram por audiência de custódia neste sábado (11) que decidiu pela prisão preventiva deles.

O que falta a polícia saber?

Após a prisão, o pai e o filho não foram interrogados. A polícia quer ouvi-los para entender a versão de discussão do pai. Além disso, a polícia quer esclarecer a participação do irmão no crime.

Inicialmente, a Polícia Civil descarta a participação da mãe no caso. No momento do crime, ela estava trabalhando.