Maceió

Intenção de consumo do maceioense cresce 15,1% em um ano

Na variação mensal, o consumo das famílias cresceu 2,5%; um bom desempenho diante da economia atual.

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), feita em parceria entre o Instituto Fecomércio AL e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, em um intervalo de um ano, o consumo avançou 15,1% na capital alagoana. Se em junho de 2021 o indicador era de 91,4 pontos, em junho passado (2022) o desempenho foi de 104,2 pontos.

Na variação mensal, o consumo das famílias cresceu 2,5%. Apesar de não ser um percentual considerado alto, é um bom desempenho diante da economia atual, conforme explica Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL). “Mesmo sentindo o impacto da inflação e da alta de juros no orçamento familiar, a população de Maceió ainda conseguiu manter o nível de consumo estável durante o primeiro semestre de 2022, que teve variação positiva entre maio e junho de 7,2%”, disse.

De acordo com o economista, esse movimento segue a evolução vista em âmbito nacional, pois o indicador de consumo vem se mantendo estável desde janeiro e, entre maio e junho, cresceu 3%, também puxado pelo Dia dos Namorados. Mas a alta maior na capital alagoana (7,2%) tem um motivo a mais: os festejos juninos.

Dados

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mensura o grau de satisfação em termos de emprego, renda e capacidade de consumo. Assim como no cenário nacional, o indicador permaneceu estável no primeiro semestre e manteve-se no quadrante otimista.

Para mensurar o indicador, a pesquisa avalia subíndices como perspectiva de consumos, renda atual, perspectiva profissional e acesso ao crédito. Destes, apenas o de perspectiva de consumo teve variação negativa de 1,5%, em  junho. “Resultado que valida a incerteza dos consumidores sobre o destino da economia até o final do ano, talvez, pela corrida eleitoral iminente que ocorrerá em outubro próximo”, ressalta Victor.

Os subíndices renda atual e perspectiva profissional apresentaram crescimento semelhante, na casa dos 3%. Juntos, os dois indicadores ratificam os números vistos na queda da desocupação e na respectiva criação de postos de trabalho no Brasil. Na capital de Alagoas, em maio de 2022, o saldo positivo de empregabilidade passou de 800 vagas, no qual, 89% pertenceram ao segmento do comércio.

Por outro lado, o subíndice de acesso ao crédito teve um crescimento tímido de 1,6%, sendo impactado pela sustentação da alta da taxa Selic, que se mantem desde fevereiro de 2022 em dois dígitos (13,25% a.a.).

Em relação aos subíndices, numa análise mês a mês, os dados mais recentes mostram que apenas um subíndice tive variação negativa no mês de julho, o de perspectiva de consumo, com queda de 1,5%. Resultado que valida a incerteza dos consumidores sobre o destino da economia até o final do ano, talvez, pela corrida eleitoral iminente que ocorrerá em outubro próximo.

Os subíndices renda atual e perspectiva profissional obtiveram um crescimento semelhante, na casa dos 3%. Juntos, os dois indicadores ratificam os números vistos na queda da desocupação e na respectiva criação de postos de trabalho no Brasil. Na capital de Alagoas, em maio de 2022, o saldo positivo de empregabilidade passou de 800 vagas, no qual, 89% pertenceram ao segmento do comércio.

O subíndice de acesso ao crédito teve um crescimento mais tímido (1,6%), impactado pela sustentação da alta da taxa Selic, que se mantem desde fevereiro de 2022 em dois dígitos (13,25% a.a.).