Ginecologista explica que condição é mais comum no início ou fim da vida reprodutiva e pode ser sinal de alterações hormonais, estresse e até câncer
A menstruação desregulada é uma queixa muito comum entre as mulheres e um dos principais motivos para consultas em médicos ginecologistas. De uma maneira geral, a condição é caracterizada por ciclos menstruais que não seguem o mesmo ritmo todos os meses, dificultando a identificação do período fértil ou do melhor período para engravidar.
Dra. Cláudia Pinto, ginecologista do Sistema Hapvida Maceió, explica que a perda do padrão menstrual tem causas diversas e é preciso ficar atento aos sintomas que acendem o alerta para doenças que afetam a saúde da mulher.
Alterações no volume e duração do sangramento devem ser investigadas
Alterações no volume e duração do sangramento, aumento da dor e ausência de menstruação mais de três vezes em um ano são alguns dos principais sintomas característicos do ciclo menstrual irregular. “Ele é mais comum de acontecer no início ou fim da vida reprodutiva devido às alterações hormonais que acontecem nesses períodos”, afirma a especialista.
Entretanto, a perda do padrão menstrual também pode ser sinal de doenças como síndrome do ovário policístico, endometriose, pólipos, miomas, menopausa precoce, disfunções na tireoide e até câncer de colo do útero, endométrio ou ovário.
A médica destaca que a menstruação desregulada também pode ser provocada por fatores como estresse, gravidez, exercícios físicos intensos, troca da pílula anticoncepcional, e até transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
“A ansiedade, por exemplo, pode aumentar a produção de hormônios como adrenalina e cortisol, o que pode interferir na regularidade do ciclo menstrual. Além disso, alguns medicamentos, como antidepressivos, também podem alterar os níveis de estrogênio e progesterona circulantes no sangue, tendo como consequência a menstruação irregular”, complementa.
Importância de conhecer o próprio corpo
Para a identificação correta das causas da menstruação irregular, a paciente deve se submeter à realização de alguns exames, como citologia oncótica ou Papanicolau, colposcopia, ultrassonografia pélvica, biópsia, exames de sangue e de urina. Além disso, a Dra. Cláudia Pinto ressalta a importância de a mulher conhecer o seu próprio corpo para entender o seu ciclo menstrual.
“É importante que, após a primeira menstruação, a mulher dê início ao acompanhamento de forma periódica junto a um médico ginecologista. Além de diagnosticar precocemente doenças, avaliar clinicamente a irregularidade menstrual também contribui para que a mulher se sinta bem e saudável”, finaliza.