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Da estreia vazia ao recorde no gol: veja como Cássio se tornou um dos maiores ídolos do Corinthians

No dia 28 de março de 2012, uma nova história começou no Corinthians: sob os olhares de apenas 6.960 pagantes no Pacaembu, Cássio estreou no gol da equipe contra o XV de Piracicaba, pelo Campeonato Paulista. A partir daí, como dizem, “é só história”. Dez anos depois, o goleiro chega aos 602 jogos com a camisa alvinegra, igualando o lendário Ronaldo Giovanelli neste sábado, 16, contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, e já batendo na porta do segundo colocado da lista, Luizinho (606), o Pequeno Polegar, ídolo do Timão nos anos 1950. Em breve, o único jogador acima de Cássio em partidas pelo Alvinegro será o ex-lateral esquerdo Wladimir (806).

Em todos esses anos, o “Gigante” teve muitos altos e alguns baixos: títulos (nove ao todo), confusões, má fase — que custou sua ida ao banco de reservas, em 2016 —, decisões e a reverência da Fiel. Cássio chega à marca histórica em alta depois da classificação dramática contra o Boca Juniors, nas oitavas de final da Copa Libertadores, na qual foi herói. Mas você se lembra de todos os momentos marcantes do goleiro na história do Corinthians? O portal da Jovem Pan separou os principais para comemorar o recorde.

Confira os principais momentos de Cássio

Libertadores 2012

A carreira de Cássio no Corinthians começou com a Libertadores de 2012. Júlio César era o goleiro titular da equipe na competição, mas perdeu a posição após falhar contra a Ponte Preta, nas quartas de final do Paulistão. Cássio estreou no torneio nas oitavas de final, contra o Emelec, e foi eleito o melhor do jogo. O auge veio nas quartas, contra o Vasco. O goleiro fez uma defesa milagrosa em chute de Diego Souza e levou a equipe às semifinais. Contra o Santos, outra grande atuação. Na final, segurou o Boca Juniors, foi eleito o melhor de sua posição na competição e ajudou o Timão a levantar o inédito troféu.

Mundial de Clubes 2012

Cássio também se destacou no Mundial de Clubes da Fifa 2012. Sua atuação contra o Chelsea, na final, foi determinante para o segundo título da equipe corintiana no torneio. Não à toa, foi eleito o melhor jogador da final e da competição. Recentemente, o técnico Tite reconheceu em entrevista ao “Podpah” que chegou à Seleção Brasileira graças ao desempenho do “Gigante” em 2012. “Estávamos num ambiente e eu disse: ‘Cássio, vem cá’. Tinham outros atletas… Peguei na mão dele e disse assim: ‘Vocês estão vendo? Graças a essas duas mãozinhas que eu estou aqui na Seleção Brasileira hoje’. Uma foi do Moses e a outra do Diego Souza”, declarou o treinador.

Defesas de pênaltis que calaram o Allianz

Após alguns anos de lesões e contestações, Cássio voltou a brilhar em 2018. No Campeonato Paulista, defendeu um pênalti na semifinal contra o São Paulo e classificou o time para a final. Na decisão, defendeu duas cobranças do Palmeiras — uma de Dudu e a outra de Lucas Lima —, em pleno Allianz Parque. No Brasileirão, o Corinthians terminou em 13º lugar na tabela. Muitos acreditam que o time só não foi rebaixado pelas atuações do goleiro. Na Copa do Brasil, foi vice-campeão e eleito o melhor goleiro do torneio.

Voz do time em momentos complicados

Cássio é o capitão da equipe corintiana e se tornou o principal nome da equipe em momentos difíceis. Nas últimas eliminações do Corinthians na Libertadores, Paulista e demais campeonatos, o goleiro sempre se colocou à frente dos microfones para dizer que o time não tinha ido bem ou para assumir eventuais erros.

Banco de reservas e ameaças

Nem tudo foram rosas para Cássio nesses últimos dez anos. Em 2016, ele quase trocou o Corinthians pelo Besiktas, da Turquia. Perdeu a titularidade para Walter e chegou a reclamar publicamente do preparador de goleiros. Conseguiu dar a volta por cima, mas voltou a passar por tempos difíceis em 2020. Chegou a cogitar a saída do time. Naquela temporada, sofreu ainda uma trombada forte de cabeça, em partida contra o Goiás, e precisou ficar em observação no hospital. Em 2021, recebeu muitas críticas de torcedores e imprensa por consecutivas falhas e, mais uma vez, sua saída foi cogitada. Neste ano, o episódio mais grave: Cássio e sua família receberam ameaças de morte de um torcedor. O caso foi investigado pela polícia, que prendeu o responsável.

Volta por cima na Libertadores

No ano de 2022, Cássio voltou a se apresentar bem. Fez boa apresentação no Campeonato Paulista, quando defendeu pênaltis do Guarani nas quartas de final e levou o time às semis. Nas oitavas de final da Copa Libertadores, teve uma grande atuação em La Bombonera, contra o Boca Juniors — defendeu dois pênaltis, classificando a equipe para as quartas de final. Na última semana, quase foi agredido por um torcedor do Santos na Vila Belmiro. Passado o susto, alguns torcedores se divertiram com um “meme” da reação do goleiro. Mesmo com uma mão ocupada, o camisa 12 do Timão se desvencilhou do agressor e o derrubou no chão.