O aumento no número de casos de leptospirose após as fortes chuvas que atingiram o Estado nos meses de maio e junho chamam atenção e deixa a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em alerta. Segundo dados do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS), foram registrados 68 casos suspeitos da doença e cinco óbitos nos setes primeiros meses de 2022. Em 2021, 46 casos suspeitos foram notificados e uma morte registrada pela doença. Com isso, houve aumento percentual de 47% de casos.
O gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis, Diego Hora, explica que nos períodos de chuvas já é esperado um aumento no número de casos da doença, mas que as enchentes recentes agravaram a situação.
“É um período sazonal para a doença. Dentro do monitoramento da Gerência de Doenças Transmissíveis já há uma previsão do aumento de casos quando se inicia a chamada quadra chuvosa. É importante ressaltar que, atrelado ao esperado, em situações de desastre, em especial as fortes chuvas que atingiram parte dos bairros da parte de baixa de Maceió e outros municípios, espera-se o aumento dos casos”, destacou.
Diego Hora recomenda, também, que as pessoas que tiveram contato com a água ou lama de enchentes e que apresentarem febre associada a dores de cabeça ou dores musculares procurem uma unidade de saúde para evitar casos graves ou óbitos. “A Gerência de Doenças Transmissíveis publicou uma Nota Informativa (SUVISA nº 33/2021 de 10 de maio de 2022) que trata sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento, notificação e orientações para a população”, diz.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda causada pela bactéria Leptospira, que usa alguns animais, principalmente roedores, como hospedeiros. Ela é transmitida aos seres humanos pelo contato direto ou indireto com a urina desses animais. A bactéria invade o organismo por meio de feridas na pele, nas mucosas ou membros que entram em contato com a água contaminada.
A doença pode ocasionar sintomas leves como febre de início súbito, dor de cabeça, mal estar, anorexia, náusea, vômitos e dores musculares, principalmente dor em panturrilha. Na fase grave, o paciente pode apresentar sintomas como febre alta, calafrios e dor de cabeça intensa. O início dos sintomas pode ocorrer de 1 a 30 dias após contato com a bactéria, mas, em média, é de 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
Entre os cuidados a serem adotados para evitar a contaminação, a Secretaria de Estado da Saúde destaca: