Delegado Rodrigo Sarmento que depoimento de testemunha "chave" esclareceu detalhes sobre o relacionamento entre autor e vítima.
O caso de feminicídio que vitimou a advogada Maria Aparecida Bezerra ganhou um novo capítulo após uma testemunha considerada “chave” ser ouvida pela Polícia Civil (PC). Segundo o delegado Rodrigo Sarmento, foram esclarecidos detalhes sobre o relacionamento entre o autor do crime e a vítima.
Em depoimento, a testemunha disse que poucos dias antes de praticar o crime, o homem teria ingerido uma quantidade grande de remédios para dor de cabeça, na tentativa de tirar a própria vida. Na ocasião, ainda segundo os relatos, a advogada teria socorrido o homem e o levou até o hospital.
A testemunha, que tinha contato com o dia a dia do casal, também afirmou que o relacionamento entre as partes era muito conturbado, no entanto, na tentativa de resgatar o casamento, a mulher não chegou a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) contra o homem.
Em entrevista ao Alagoas 24 Horas, o delegado também afirmou que foi até o Hospital Geral do Estado (HGE) nesta terça-feira (26), para ouvir o acusado. No entanto, ao chegar no local, foi constatado que o homem estava em estado aéreo e não respondia a estímulos.
Relatos de outros pacientes confirmaram que o homem não comia, não falava e já estava há dias “apenas olhando para o teto”, o que torna inviável qualquer tipo de contato que pudesse ser feito pela polícia.
Apesar de não conseguir ouvir o relato do acusado, a PC considera que o caso está esclarecido e o inquérito deve ser encaminhado à justiça ainda nesta semana. O autor será indiciado por feminicídio e a pena pode variar entre 12 e 30 anos de reclusão.