Caso a proposta seja aceita pelo relator, questionamentos serão enviados ao Ministério da Economia
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) propôs que o governo federal explique de onde virão os recursos destinados à PEC dos Benefícios. O documento é do dia 12 de julho, mas o gabinete do relator analisa se ele será acatado e, então, enviado para o Ministério da Economia para os esclarecimentos necessários.
A Proposta de Emenda à Constituição possibilita ao governo gastar, por fora do teto de gastos, mais R$ 41,25 bilhões até o fim do ano para aumentar benefícios sociais, conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas, reforçar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda e incentivar a redução de tributos do etanol.
O texto foi aprovado pelo Congresso no dia 14 de julho por 469 votos a favor, 17 contra e 2 abstenções.
A proposta da área técnica do TCU acontece após uma representação ajuizada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), no dia 4 de julho. Conforme apontado, ele busca apurar se a PEC “adere às normas do Direito Financeiro”, como o teto de gastos e a lei de responsabilidade fiscal.
De acordo com a conclusão do documento, “foi reconhecido o risco às finanças públicas advindo da proposta. Consequentemente, propõe-se que o Ministério da Economia apresente esclarecimentos sobre as repercussões fiscais da PEC”.
Os técnicos recomendaram, então, que sejam feitas seis perguntas à administração federal:
A CNN entrou em contato com o Ministério da Economia para comentários, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.