Charles Leclerc tinha tudo para se recuperar do erro da França, mas a Ferrari disse 'obrigado, mas não, obrigado' e entregou o GP da Hungria nas mãos de Max Verstappen
Leclerc fazia uma corrida muito forte. Tomou a posição do companheiro Carlos Sainz com um undercut, mas sempre teve melhor rendimento, O ataque a George Russell só aconteceu com quase 30 voltas e foi somente na 31ª que conseguiu, de fato, ultrapassar. Aí, parecia imparável até a Ferrari pará-lo. Com o carro vermelho sofrendo para aquecer pneus, a equipe decidiu pôr pneus duros em Leclerc na pista fria. A partir daí, o carro parecia andar no gelo. Verstappen passou, Russell passou e tiveram de fazer um pit-stop extra.
Verstappen chegou até a rodar após passar o ferrarista e perder a posição, mas estava tão fácil que passou de novo. Apesar de largar no décimo lugar, engoliu quem vinha pela frente e se aproveitou da comédia pastelão que envergonharia Curly, Larry e Moe.
De ter a corrida nas mãos para uma dobradinha, a Ferrari sequer foi ao pódio. Mais que isso, novamente a Mercedes colocou os dois pilotos no top-3: Lewis Hamilton ultrapassou Russell no fim e ficou com o segundo lugar. Após todas as dificuldades no começo do ano, a Mercedes conquistou uma pole e quatro pódios nas duas últimas corridas.
Sainz foi batido por Lewis para cair ao quarto posto, ao passo que Sergio Pérez saiu de 11º para quinto. Leclerc, com um pit-stop extra no fim, terminou num inacreditável sexto lugar. Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon e Sebastian Vettel, que passou o companheiro Lance Stroll bem no fim, completaram a zona de pontos de uma corrida de clima razoavelmente frio e com ventania desconcertante para os pilotos.
A Fórmula 1 agora encerra as atividades para as férias de verão. Somente daqui a quatro semanas, entre os dias 26 e 28 de agosto, em Spa-Francorchamps, com o GP da Bélgica.