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Idosa de 81 anos foi encontrada morta com coleira de cachorro amarrada ao rosto, diz delegado

Sobrinho da vítima foi indiciado por feminicídio e homicídio triplamente qualificado. Caso aconteceu em Santos (SP).

Sobrinho é o principal suspeito de ter matado a vítima de 81 anos — Foto: Reprodução

A Polícia Civil indiciou o sobrinho de Neide Candida Ayres, de 81 anos, por feminicídio e homicídio triplamente qualificado. A idosa foi encontrada morta, em casa, com uma coleira de cachorro amarrada ao rosto, na madrugada de domingo (31), em Santos, no litoral de São Paulo. O homem, de 39, teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira (1°) após audiência de custódia.

Ao g1, o delegado do 3° Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Thiago Nemi Bonametti, informou que o sobrinho da vítima disse, em depoimento, que a idosa o perseguia e, por isso, ele teria invadido a casa dela para tirar satisfações e confrontá-la.

Segundo o delegado, durante a discussão, o homem disse que o “sangue subiu à cabeça” e ele teria asfixiado a vítima com as mãos. Na sequência, ainda de acordo com o depoimento, teria amarrado uma coleira de cachorro no rosto dela, entre a boca e o pescoço.

A perícia técnica apontará o meio utilizado para a asfixia da vítima que, de acordo com Bonametti, pode ter sido esganadura ou estrangulamento.

A autoridade policial destacou que o suspeito é usuário de drogas e tem uma “extensa ficha criminal”, com passagens por furtos e roubos, além de já ter sido preso outras vezes.

Bonametti ressaltou que o crime aconteceu na noite de sábado (30) e a polícia foi acionada na madrugada de domingo (31) por familiares da vítima, que sentiram falta dela.

O delegado explicou que todos os parentes moram são vizinhos, inclusive o próprio sobrinho, que não estava com a família quando a polícia chegou no local do crime. No final da tarde de domingo, a polícia localizou o suspeito em uma rua perto da casa em que a idosa foi encontrada morta, no bairro Embaré.

Voltou para furtar a TV
Aos policiais, ele confessou ter matado a tia e, depois, voltado à casa para furtar uma televisão. Detalhou, ainda, que vendeu o aparelho por R$ 850, comprou entorpecentes e teve relações com uma garota de programa. Devido a riqueza de detalhes no relato, a polícia considerou que ele fosse o principal suspeito pelo crime.

Segundo o delegado, o sobrinho da vítima foi indiciado por feminicídio e homicídio com outras três qualificadoras, como impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel. Também responderá por furto qualificado da televisão. A análise jurídica será feita pelo Ministério Público, que verificará a tipificação correta para o crime.