Ministério Público apura fuga em presídio e diz que houve ‘falha geral’

Três dias após a fuga de 12 reeducandos do Presídio do Agreste, no município de Craíbas, em Alagoas, sem que nenhum deles tenha sido recapturado, o Ministério Público do Estado (MPE/AL), por meio do promotor Luiz Vasconcelos, da Vara de Execuções Penais, informou que as investigações do caso já começaram e disse que acredita que houve “falha geral” e que “todos os envolvidos serão identificados e responsabilizados”.

Reprodução / Seris

Reeducandos fugitivos

Em entrevista à TV Pajuçara, nesta quarta-feira, 03, o promotor explicou que todos os fatos que envolvem o contexto de fuga – antes, durante e depois – estão sendo “devidamente apurados” e que reuniões estão sendo realizadas junto aos representantes dos policiais penais e da empresa terceirizada que presta serviços de monitoramento interno para o sistema prisional.

“Houve falhas. É óbvio. O que será averiguado, investigado é a sua natureza. Não houve só falha humana. Os erros aconteceram desde a entrada do material para cerrar as grades, nas incursões que não identificaram este material escondido, no manejo de presos para que não ficassem muito tempo em um só local e aí criasse essa facilitação etc.”.

O promotor também informou que o episódio servirá para reavaliação e adoção de novos protocolos de segurança.

“Não se admite que em um presidiio em que se tem o melhor contexto de segurança do estado, que as pessoas responsáveis pelo monitoramento não tenham enxergado a fuga. Não é admissível. Estamos reavaliando todas as situações. Vamos redifinir os protocolos para que isso não se repita. Temos a obrigação de identificar as falhas e de corrigi-las”.

Na entrevista, Vasconcelos voltou a afirmar que o todos os funcionários envolvidos foram afastados e serão submetidos a processo administrativo e inquisitorial para averiguar o tipo e o grau de responsabilidade de cada um. “Não foi falha de uma só pessoa ou setor. Foi geral. Precisamos identificar em que ponto cada um deles errou. Na visualização, no sistema de contenção, na demora de percepção de fuga, etc.”, concluiu.

Vasconcelos esclareceu ainda que a rota de fuga se deu por apenas uma cela, mas que nem todos os fugitivos ficavam nela. Ele explicou que durante uma parte do dia é permitida circulação entre algumas celas, em um mesmo bloco, que só são fechadas a noite.

A fuga

Na noite do domingo, 31 de Julho, os reeducandos identificados como Lucival da Conceição Bezerra Lima, Luan Alberto Araújo Ferreira, José Sebastião Vicente da Silva, José Rendrikson Barbosa Vilar, José de Lima Martins, João Paulo Santos Silva, Jaelson Cândido da Silva, Henrique Alvino dos Santos, Ewerton Soares Cordeiro, Claudemir da Silva, Alison Miranda da Silva, Adilton Franca da Silva, fugiram do presídio do Agreste, no município de Craíbas.

Eles teriam envolvimento com facções criminosas e estavam presos por crimes como tráfico de drogas e homicídio.

Um trabalho que mobiliza a administração penitenciária, que tem à frente a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS), e, em campo, as equipes da Polícia Penal de Alagoas (PP/AL) está sendo feito, mas até o momento, nenhuma deles foi recapturado até o momento.

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