Arma, que estava com documentação regular, foi achada por criança no banco de carro.
Andreia Azevedo, esposa do homem morto por um tiro acidental disparado pelo cunhado de oito anos, afirmou que o marido evitava deixar a arma exposta.
Wanderson dos Santos, de 27 anos, tinha licença de colecionador e foi baleado dentro de seu carro quando buscava o cunhado e o filho, de cinco anos, na escola nesta segunda (8). A arma estava no banco de trás e o garoto acabou fazendo o disparo acidental.
“Eu falava para ele que não gostava, que tinha medo, mas ele nunca deixava à vista. Eu não sei o que aconteceu”, afirma Andreia.
O caso aconteceu no fim da tarde quando o corretor voltava com as crianças para casa. A polícia disse que a arma estava carregada com 17 munições e havia sido deixada no banco traseiro, quando as crianças começaram a brincar e aconteceu o disparo acidental, que atingiu a vítima na cabeça.
A arma do colecionador estava com documentação regular. Wanderson tinha o CAC, que é um certificado de registro para pessoas físicas realizarem atividades de coleção de armas de fogo, tiro desportivo e caça.
A esposa conta que os filhos sabiam que o pai tinha a arma, mas ficava em lugares sem acesso.
“Ele nunca deixou perto dos meus filhos. As crianças sabiam que a gente tinha, mas ficava escondido”, conta.
O caso foi registrado como omissão de cautela e morte acidental. A Polícia Civil apura o caso.
Wanderson era corretor de imóveis e deixa dois filhos, um de cinco e outro de dois anos. O corpo vai ser velado em Jacareí nesta terça-feira (9).
“Ele era uma pessoa muito sonhadora, se esforçava para dar o melhor aos filhos. Estávamos há 13 anos juntos. O sonho dele era ser pai e hoje a gente tem dois filhos e ele era um marido maravilhoso”, diz.