Polícia

Beco da Pecúnia: CGU tenta reaver mais de R$ 12 milhões que foram desviados de Rio Largo

Suspeitos foram flagrados em vídeos; Foto: Fantástico

A Polícia Federal em Alagoas confirmou que estão sendo cumpridos, na manhã desta quina (11), 35 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios, em Alagoas, e um em São Paulo após a deflagração da Operação Beco da Pecúnia. A operação ainda visa ao sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, com o objetivo de ressarcimentos de mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos.

A operação conta com o apoio da Controladoria Geral da União e recebeu o nome Beco da Pecúnia, em alusão ao local onde os suspeitos foram filmados recebendo propina. Os crimes investigados são lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do Fundeb e SUS, que teriam ocorrido no município de Rio Largo.

A investigação identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Para executar os desvios e a ocultação da origem ilícita de tais valores, foram utilizados “laranjas”, tanto pessoas físicas, como jurídicas. Foi determinado, também, o afastamento cautelar de agentes públicos dos cargos que atualmente ocupam no município de Rio Largo pelo prazo de 60 dias, proibição de frequentar órgãos públicos do município, proibição de manter contatos entre si e proibição de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte, além da imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.

PF/AL

Alvo da operação tentou jogar celular fora para não ser apreendido