Veículo da vítima também foi periciado
A Polícia Científica do Estado de Alagoas (Polc) informa que no final da manhã desta terça-feira, 16, concluiu as perícias criminais no corpo da motorista de aplicativo, Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos, e no veículo que ela utilizava quando foi assassinada.
De acordo o perito médico legista Luiz Mansur, do Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML de Maceió), a jovem morreu em decorrência de asfixia por estrangulamento. Ele ainda afirmou que o corpo não apresentava evidência de abuso sexual e que foram colhidos vários vestígios como materiais biológicos para exames posteriores.
O desaparecimento de Amanda foi informado, inicialmente, por familiares, por meio das redes sociais. Uma prima chegou a informar que ela aceitou uma corrida para Marechal Deodoro, e seu veículo – um Voyage prata de placa KNS7A89, foi encontrado próximo ao Conjunto Gama Lins, no Cidade Universitária, horas antes de o corpo da vítima ser localizado.
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Ainda pela manhã, peritos criminais do Instituto de Criminalística realizaram perícia no carro na sede da Delegacia de Homicídios da Capital, onde ele se encontra recolhido.
Durante a perícia de constatação, os peritos encontraram fios de cabelos e algumas manchas que podem ser materiais biológicos. Todos esses vestígios foram recolhidos e poderão ser usados em exames de confrontos genéticos para comprovação de autoria do crime.
A Polícia Científica informa que está em constante troca de informações com a Polícia Civil para contribuir no esclarecimento do crime e que os laudos completos com todos os pareceres técnicos periciais serão concluídos e enviados para a delegacia responsável pelo caso.
Investigação
No início da tarde desta terça-feira, 16, a Polícia Civil realizou entrevista coletiva, na qua esclareceu que a principal linha de investigação é de que trata-se de um crime de latrocínio. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Sarmento, os objetos que foram levados, porém, eram bens irrelevantes como o estepe, o rádio do carro e possivelmente dinheiro.
Na aportunidade as autoridades policiais já adiantaram que acreditavam tratar-se de um crime de oportunidade. “Ela foi assassinada por esganadura. Não havia marcas de projéteis de arma de fogo. Parecem ser criminosos de oportunidade, que percebendo que seria uma mulher sozinha, cometeram o crime de forma bárbara”, pontuou Gustavo Xavier, delegado geral da Polícia Civil de Alagoas.
Os delegados disseram ainda que não sabem quantas pessoas participaram da ação, mas há indícios de que não foi apenas um indivíduo.
“Entendemos que trata-se de um crime de latrocínio, e não de feminicídio. Temos informações que não podem ser repassados para não atrapalhar as investigações, mas uma resposta para a sociedade será dada muito em breve. É inadimissível que uma pessoa seja assassinada por causa de um estepe e um som”, completou Xavier.