Cantor, casado com Carla Perez, conversou sobre a vida ao lado da família na Flórida e afirmou educar os herdeiros para darem valor ao dinheiro: "A gente tem isso da conquista, de saber qual é a realidade"
Xanddy, de 43 anos, não esconde de ninguém o quanto valoriza o esforço dos filhos, Victor Alexandre, de 18, e Camilly Victória, de 20, para conquistarem sua independência econômica nos Estados Unidos, onde moram há quase uma década com ele e a mãe, Carla Perez, de 44.
Apesar do sucesso incontestável dos pais no Brasil, Victor e Camilly têm uma rotina semelhante à maioria dos jovens norte-americanos. Victor começou a trabalha ainda na adolescência por vontade própria, algo que Xanndy lembra com orgulho.
“O primeiro trabalho de Victor foi aos 16. Agora ele está com 18 e quase brigou comigo para trabalhar. Não porque eu não quisesse, mas estava dividido com a questão do estudo pois fiquei preocupado dele tirar um pouco do foco. E aí ele disse que ia trabalhar só quatro horas por dia”, conta. “O trabalho era em uma distribuidora de carne, como ajudante do motorista. Fazia carga e descarga da van e arrumava tudo nas prateleiras. Certa vez, fui com ele para ver como era. Eu me preocupo, né? E estava tudo certo. Camilly também trabalha desde cedo”, acrescenta.
Já Camilly Victória, que iniciou a carreira como cantora, profissão que concilia com o trabalho como recepcionista em um espaço de beleza na Flórida. “Quando a gente levou os meninos para os EUA, para estudar, descobrimos que era normal os adolescentes trabalharem para ganhar uma grana. A gente sempre incentivou eles na busca pelos objetivos, independentemente dos pais famosos, com condição diferente, e o grande reflexo disso vem quando eles decidem trabalhar. Isso é super de boa, eles gostam, e eu acho bacana. Aproxima da realidade”, avalia o cantor.
O cenário é bem diferente da história de vida de Xanddy, que teve que coneçar a trabalhar na adolescência por conta das dificuldades financeiras da família. “Nós somos pais e nos sacrificamos demais. Eu trabalho, lógico que não por vontade própria, mas por necessidade, desde os 11 anos. Vendi pastel, picolé… Lá nos Estados Unidos é muito comum [trabalharem desde cedo]. Carla, ainda adolescente, era camelô com os pais. A gente tem isso da conquista, de saber qual é a realidade. O tato com realidade”, justifica.