De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral, ele não pagou multa por deixar de votar em eleição anterior.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu que a candidatura de Mauricio Souza (PL), ex-jogador de vôlei, seja impugnada. O motivo, segundo a Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais, é o fato de ele não ter quitado uma multa “por ausência às urnas”.
O documento, assinado pelo procurador Eduardo Morato Fonseca, reforça que estar em dia com a Justiça Eleitoral é uma das condições para que uma pessoa possa se candidatar.
“É imprescindível, para o deferimento do registro, que o requerente esteja quite com a Justiça Eleitoral no momento do requerimento, conforme disposto no artigo 11, inciso VI, da Lei nº 9.504/97, e no artigo 9º, §1º, inciso II, c/c artigo 28, §2º, da Resolução TSE nº 23.609/2019”, diz o texto, publicado em 18 de agosto.
Mauricio do Vôlei, nome escolhido para a urna, é candidato a deputado federal nas eleições de 2022. O ex-atleta colocou “produtor agropecuário” como atual ocupação. Ele se filiou ao Partido Liberal (PL) em março deste ano.
O candidato foi intimado para, no prazo de sete dias, contestar a impugnação, “podendo juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais”. A decisão sobre a candidatura será do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Longe das quadras
Em outubro do ano passado, Mauricio Souza se envolveu em uma polêmica sobre o filho do Super-Homem, após a DC Comics anunciar que o personagem seria bissexual em uma história em quadrinhos.
“A é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”, disse Souza em uma rede social.
Após o comentário homofóbico, o Minas Tênis Clube, time em que ele jogava, rescindiu o contrato com o jogador. Ele também foi multado.
O g1 entrou em contato com as assessorias de Mauricio e do PL e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno.