Política

Moraes manda PF identificar membros de grupo de mensagens utilizado por homem que ameaçou Lula e ministros do STF

Ministro do Supremo atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Moraes também determinou que mensagens do grupo sejam analisadas em 15 dias.

Adriano Machado / Reuters / 6-2-2017

Adriano Machado / Reuters / 6-2-2017

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (22) que a Polícia Federal identifique os integrantes e analise as mensagens de um grupo de Telegram intitulado “caçadores de ratos do STF”.

No grupo estaria o influenciador Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso em julho após fazer ameaças a ministros do STF e políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um dos vídeos que motivaram a prisão, Ivan Rejane disse que Lula deveria andar com segurança porque ele iria “caçar” o ex-presidente, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ).

Na mesma gravação, o extremista diz que vai “caçar principalmente” ministros do STF e cita os nomes de Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Luiz Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber.

Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Rejane. A Polícia Federal apontou, em seu relatório final, que ele “agiu de forma consciente e voluntária para tentar abolir o Estado Democrático de Direito”. Em seguida, a PGR pediu para aprofundar as diligências.

Alexandre de Moraes ordena prisão preventiva de homem que ameaçou ministros do STF e o ex-presidente Lula
Alexandre de Moraes ordena prisão preventiva de homem que ameaçou ministros do STF e o ex-presidente Lula

A determinação de Moraes proferida nesta segunda (22) atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro deu 15 dias para a PF aprofundar as investigações.

Segundo a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, é preciso identificar quem são os 159 participantes de um grupo integrado por Ivan Rejane para que se possa concluir se há associação criminosa no caso, como defendeu a Polícia Federal no relatório final do inquérito.

“Efetivamente, a diligência requerida pelo Parquet [MP] é essencial à confirmação da hipótese criminal levantada pela Polícia Federal e que levou, inicialmente, à decretação da prisão temporária do investigado, posteriormente convertida em prisão preventiva”, disse Moraes.