Ação coordenada pelo Gaeco investiga envolvimento com tráfico e comércio de armas
A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) confirmou no início da tarde desta quarta-feira, 24, que duas das dez pessoas pessoas presas na manhã de hoje, durante a Operação Rastro, realizada de forma conjunta com o Ministério Público de Alagoas (MPAL) são um policial militar e um oficial da Polícia Militar.
Segundo informações do delegado Cayo Rodrigues, em entrevista à TV Gazeta, além dos dois PMs, uma terceira pessoa detida era prestadora de serviço do sistema prisional do estado. A operação investiga o envolvimento dos suspeitos com tráfico de droga e comércio ilegal de armas na capital alagoana.
Sobre o prestador de serviço, ele seria casado com uma das PMs presas, uma Cabo do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), e teria apresentado uma carteirinha identificando-o como “guarda prisional”, supostamente emitida pelo sindicato da categoria, o Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasppen-AL), que negou a emissão do documento e a existência deste tipo de categoria funcional. Os esclarecimentos foram feitos através de nota compartilhados nas redes sociais. Confira na íntegra:
ESCLARECIMENTOS A SOCIEDADE ALAGOANA:
Hoje tivemos notícias da prisão de um prestador de serviço que trabalhou no sistema Prisional de Alagoas, que no momento da Prisão se identificou como Policial Penal, apresentando uma carteirinha fornecida por um “sindicato” como se fosse um documento válido de identidade, ocorre que primeiro, o cargo de “guarda Prisional” NÃO EXISTE na estrutura orgânica de Servidores da Seris, Segundo que sindicatos não tem autonomia para emitir documentos de identificação, que prestadores de serviço utilizam para fingir que são policiais, isso é crime e precisa ser combatido.
O Estado de Alagoas através da Seris precisa parar imediatamente de utilizar de mão de obra ilegal, seja através de prestadores de serviço ou de funcionários de empresas com esse crime de usurpação da função de Policial Penal.
Foram expedidos 19 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. Os alvos se concentraram, sobretudo, na região do Canaã e haviam se preparado para expandir o comércio ilegal de entorpecentes e armas para diversos outros bairros.
O delegado Cayo Rodrigues informou ainda que a investigação terá continuidade para cumprir outros mandados e esclarecer como o grupo agia.
“A operação segue porque ainda há indivíduos com mandado de prisão em aberto. O objetivo é tentar localizá-los e elucidar todas as ações objetos da investigação”, informou o delegado.
O nome de rastro foi escolhido em decorrência da organização criminosa ser extremamente cuidadosa e deixar apenas pequenos vestígios de informações. Participaram da operação policiais militares do Bope e da Rotam, além de agentes do Tigre e da Dnarc, especializadas da Polícia Civil de Alagoas.
O Alagoas24Horas entrou em contato com a Polícia Militar, mas até o momento da publicação não obteve retorno.
Já a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) se manifestou dizendo que “não coaduna com essa conduta” e que foi determinada a demissão do referido servidor.