Câmara de Rio Largo instaura comissão para investigar prefeito afastado

Gilberto Gonçalves é acusado de desviar recursos federais do Fundeb e do Sistema Único de Saúde

Após a prisão, pela Polícia Federal, do prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, a Câmara Municipal anunciou, nesta quinta-feira (25), que foi instituída uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar  supostos atos ilícitos cometidos pelo prefeito afastado.

A comissão foi instaurada atendendo a uma ação popular e sete vereadores votaram a favor da abertura da apuração, enquanto dois votaram contra. A comissão tem 90 dias, podendo prorrogar por mais 45, para entregar o relatório final apontando ou não a culpabilidade do acusado em atos de improbidade.

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O relator Ismael Ferreira garantiu que a comissão será completamente imparcial na análise da denúncia e que os trabalhos serão concluídos o mais breve possível. Após ser validada a abertura da comissão, o vereador Márcio Soares foi eleito o presidente; Ismael Ferreira relator e Dr.Izaque membro.

Os vereadores Aline Bianca Cavalcante (PDT), Daniel José de Pontes (PCdoB), Ismael Ferreira da Silva (Progressistas), Dr.Izaque (Progressistas), Carlinhos Reis (MDB), Rafael Feitosa (Podemos), Romildo Elias Calheiros (PDT) e o presidente da Casa Legislativa, Jefferson Alexandre (PDT) votaram a favor da abertura.

Já os vereadores Thiago Vasconcelos (Progressistas) e Márcio Soares Cavalcante (Progressistas) se posicionaram contra o pedido de CPI feito pelo riolarguense.

Pedido de soltura na Justiça Federal – A defesa de Gilberto Gonçalves entrou, na última terça-feira (23), com pedido de reconsideração da prisão do acusado na Justiça Federal. Para a defesa, houve equívoco na prisão do político.

Gilberto está afastado do cargo desde 12 de agosto, quando a esposa dele, vice-prefeita, assumiu o executivo da cidade.

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Acusações – Gilberto Gonçalves é alvo da Operação Beco da Pecúnia, deflagrada pela Polícia Federal em ação conjunta com a Controladoria Geral da União. Ele é acusado de desvio de recursos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do Fundeb e do SUS, que teriam ocorrido em Rio Largo entre os anos de 2019 e 2022.

Além disso, o gestor é suspeito de tentar atrapalhar a investigação, que se dá em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), crime previsto no art. 2º, §1º, da Lei n. 12850/13.

Além de GG, gestores públicos foram afastados do cargo por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

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