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Vídeo: MP cumpre mandado de busca e apreensão após denúncia de abordagem truculenta em Teotônio Vilela

Após a repercussão das denúncias de abordagem truculenta por parte da Guarda Municipal e da Polícia Militar, o Ministério Público de Alagoas cumpriu, nesta terça-feira, 30, dois mandados de busca e apreensão nas sedes da Guarda Municipal de Teotônio Vilela, cidade do Agreste alagoano.

O caso ocorreu na zona rural do município na madrugada do dia 21 de agosto. Na ocasião um casal chegou a ser preso, o homem acusado de jogar uma pedra contra um militar e a mulher acusada de xingar a guarnição. Eles foram liberados, depois que as denúncias vieram à tona. A mulher um pouco antes, o homem após decisão da Justiça. RELEMBRE AQUI.

No dia seguinte, uma terceira vítima teria sido abordada novamente por agentes da Guarda Municipal, desta vez em uma feira pública, e levada para a sede da instituição, onde foi agredida novamente com socos e pontapés.

Segundo o promotor de Justiça, Alex Almeida, testemunhas afirmaram que, uma vez levada para a  a sede da Guarda, a vítima foi torturada por oito horas, especificamente das 10h às 18h. Ele explica que o objetivo da ação foi localizar imagens que comprovem estas informações. “Recebemos denúncias graves e decidimos averiguar. A operação decorreu das investigações do caso de suposto abuso de autoridade e tortura praticados por alguns guardas municipais e a pretensão foi de averiguar imagens de monitoramento e outros objetos ilícitos”, afirmou.

“No local foi feita a análise na central de monitoramento, o equipamento foi analisado por um técnico, mas ainda não foi possível localizar imagens que fortalecessem a denúncia. Porém, um guarda municipal foi conduzido à delegacia por estar com uma arma irregular”, conclui o membro ministerial.

Versão da defesa – Em entrevista à TV Pajuçara, o advogado das vítimas, André Facuz, disse que a abordagem já teria começado com uso de spray de pimenta e mandando que as pessoas entrassem em suas casas. Em resposta a ação, alguém teria jogado uma pedra nos militares e o casal que foi preso teria sido apontado como responsável.

“A mulher tentou esclarecer que não havia sido ela nem ninguém da família dela, mas não foi ouvida e começou a ser agredida com tapas, pontapés e até bala de borracha, juntamente com o companheiro e um cunhado. Até o pai dela tentou intervir e levou uma gravatada”, disse o advogado.

Em nota, a Polícia Militar comunicou que os militares teriam agido em legítima defesa após o arremesso da pedra e os xingamentos.

Além do Ministério Público de Alagoas (MPAL), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) investiga o caso.