Líderes dos partidos definiram em reunião que todos os temas da CCJ ficam parados até o pleito, segundo presidente da comissão.
O Senado Federal vai definir depois das eleições – com 1º turno em 2 de outubro – o relator do Projeto de Lei (PL) que restringe o pagamento em dinheiro vivo para a compra de imóveis. Para avançar na Casa, o projeto precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) para, depois, seguir seu trâmite.
Presidente da comissão, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil – AP) disse ao blog que todos os temas da comissão serão tratados depois da eleição – conforme definiram os líderes dos partidos em reunião.
O tema ganhou relevância após reportagem do UOL denunciar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares adquiriram 51 imóveis em dinheiro vivo desde a década de 1990 – o blog revelou que o QG da campanha à reeleição já testa o impacto eleitoral do caso.
Em valores corrigidos, o valor para compra dos imóveis equivale a quase R$ 26 milhões. São imóveis em Brasília e nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo adquiridos pelo presidente, três de seus filhos, da mãe, cinco irmãos e duas ex-mulheres.
Depois da eleição em outubro, diz o senador Alcolumbre, os trâmites da CCJ voltam ao seu processo normal: definir relator dos projetos e suas votações.