Acusado de matar grávida e atear fogo em corpo é condenado a mais de 32 anos de prisão

O homem acusado de assassinar a companheira grávida e atear fogo no corpo para ocultar o cadáver foi condenado a 32 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado. O júri popular de José Renato da Rocha Silva aconteceu na semana passada no Fórum da Capital e foi conduzido pelo juiz Yulli Roter Maia, da 7ª Vara Criminal de Maceió.

O homicídio de Evelly Camilla da Silva – que estava gestante de quatro meses – aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2021, no bairro do Feitosa. De acordo com os autos, o réu confessou o crime, alegando que agiu em legítima defesa. José Roberto contou que Evelly descobriu que ele tinha um relacionamento extraconjugal e, após uma discussão, ele resolveu ir dormir.

O acusado afirmou ainda que a vítima subiu em cima dele, tentando matá-lo com uma faca de serra, mas ele conseguiu escapar. Em seguida, José Roberto pegou uma faca peixeira e efetuou 34 facadas no pescoço da vítima. No dia seguinte, ele foi trabalhar normalmente. Comprou gasolina e ateou fogo no cadáver da companheira.

Ao calcular a pena, o juiz Yulli Roter apontou as provas anexadas ao processo e a instrução realizada em plenário, “as quais evidenciam a frieza no cometimento do crime pelo réu”. O magistrado ainda destacou os maus antecedentes de José Roberto, pois ele já respondeu por homicídio e tráfico de drogas.

“Após o cometimento do crime o réu lavou o instrumento do crime, guardou-o em cima da geladeira e elaborou plano de como tentar evitar eventual reprimenda estatal. (…) Destaque-se que a vítima deixou filha pequena, a qual contava com seu auxílio”, reiterou o magistrado.

José Roberto foi condeadnado por por homicídio qualificado pelo motivo torpe e pela prática do crime contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, além de tentativa de destruição de cadáver e aborto sem consentimento.

Matéria referente ao processo nº 0706460-93.2021.8.02.0001. 

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