Brasil

Combustíveis caíram, mas alimentos e roupas ficaram mais caros

Considerado o indicador oficial de inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve deflação em agosto: ficou em -0,36%, a menor taxa para meses de agosto desde 1998. No acumulado em 12 meses, o indicador voltou a ficar abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em um ano.

A notícia é boa, sem dúvida. Mais que isso, é excelente para quem dirige – mas não alivia a conta do mercado.

Isso porque, enquanto os combustíveis tiveram fortes quedas no mês, os preços dos alimentos, que têm maior peso nas despesas das famílias de menor renda, continuaram subindo.

Os dados do IPCA apontam que os preços dos combustíveis em geral caíram 10,82% em agosto, com destaque para o recuo de 11,64% no valor médio do litro da gasolina. Já os alimentos subiram 0,24% – a nona alta mensal seguida.

Em 12 meses, enquanto os combustíveis acumulam queda de 7,11% (contribuindo para uma alta menos acentuada nos transportes), os alimentos têm alta de 13,43% – bem acima da inflação do período, de 8, 73%.