Os cinco suspeitos de envolvimento foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e por ocultação de cadáver
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do auditor fiscal João Assis Pinto Neto e as cinco pessoas acusadas de envolvimento serão indiciadas por homicídio triplamente qualificado e por ocultação de cadáver. A informação foi confirmada pela delegada Rosimeire Vieira, responsável pelo caso, no início da tarde desta terça-feira, 13.
De acordo com a delegada diversas testemunhas foram ouvidas e imagens de câmeras de segurança analisadas. Agora, a Polícia Civil encerra as investigações e encaminhará os autos à Justiça.
A Polícia Civil sustenta que o que motivou o crime foi realmente a investigação sobre as irregulridades no negócio da família que estava sendo feita pelo auditor.
No decorrer da investigação foram presos os proprietários do depósito – três irmãos e a mãe – e um funcionário da família. Todos eles já estão no Sistema Prisional. A delegada afirmou que as investigações confirmaram que todos contribuíram, a seu modo, para o desfecho do caso.
“Isso está bem claro nas imagens. Todos estavam na cena do crime e cada um contribuiu de alguma forma para que este resultado fosse atingido. Nas imagens observamos que eles chegam até mesmo a fechar o estabelecimento para que ninguém entre no momento do crime”, pontuou Rosimeire Vieira.
“Além disso, após o crime a empresa continuou funcionando normalmente, atendendo clientes normalmente. A família continuou ali como se nada tivesse acontecido e o estabelecimento só foi fechado ao final da tarde, como era de costume. Tudo isso para não levantar suspeitas”, finalizou a delegada.
O crime – O auditor fiscal João Assis Neto foi assassinado no dia 26 de agosto e teve o corpo encontrado carbonizado em um trecho da Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes. O carro de João foi encontrado em outra localização, no mesmo bairro.
Ele teria sido morto pelos proprietários de um mercadinho no Tabuleiro do Martins, após descobrir irregularidades no estabelecimento.
O primeiro suspeito de participar do homicídio de João Assis foi preso no dia seguinte ao crime – 27 de agosto. A prisão ocorreu após a polícia encontrar, no celular da vítima, fotos do estabelecimento comercial. A segunda prisão aconteceu na manhã do dia 29 de agosto, quando a mãe do acusado confirmou que estava no estabelecimento no momento do crime e que teria limpado o sangue da vítima.
Na tarde do dia 29 de agosto, o irmão do primeiro suspeito foi preso após se apresentar à polícia. A quarta prisão, no dia 1º de setembro, foi de mais um irmão, que estava foragido.
O quinto suspeito – um funcionário da família – foi preso no dia 08 de setembro.
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