O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, fez um pronunciamento nesta segunda-feira (26) em São Paulo no qual fez críticas ao ex-presidente Lula (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou a tese do chamado “voto útil” e se disse “vítima” de uma “campanha virulenta” que tenta, segundo ele, retirar sua candidatura.
Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto divulgadas pelos institutos desde o início da campanha eleitoral. Nas últimas semanas, apoiadores de Lula e de Ciro passaram a defender que eleitores do candidato do PDT migrem para Lula com o objetivo de fazer com que o petista possa vencer já no primeiro turno.
Levantamento Datafolha divulgado na semana passada, por exemplo, mostrou Ciro com 7% das intenções de voto, atrás de Lula (PT), que apareceu com 47% das intenções, e Jair Bolsonaro (PL), com 33%. Na pesquisa, IPEC, também divulgada na semana passada, Ciro apareceu com 7%, enquanto Lula ficou com 47%, e Bolsonaro, 31%.
“Estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura. Anotem e leiam meus lábios: nada deterá minha disposição em seguinte em frente […] e denunciar os corruptos, farsantes e demagogos, que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas”, declarou Ciro.
“Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto, como firme e legítima opção, para livrar nosso país de um presente covarde e de um futuro amedrontador”, afirmou o candidato em outro trecho do pronunciamento.
Sem citar nomes, Ciro Gomes disse “querem” calar o que ele chamou de “vozes da dissidência” e submetê-las a dois blocos rivais que, na opinião dele, disfarçam “profundas semelhanças”.
“Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votar. No regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores e, se for o caso, de optarem depois por aqueles que mais se aproximem de suas ideias”, declarou Ciro Gomes.
Críticas a Lula e Jair Bolsonaro
Ciro Gomes dedicou boa parte do pronunciamento a criticar Lula e Jair Bolsonaro, candidatos à frente nas pesquisas eleitorais.
O candidato disse que há um “estelionato eleitoral” em andamento, pois, na opinião dele, quem votar em Lula ou em Bolsonaro será “ludibriado”.
“Os que pensam que apertar o 13 elegerão Lula, mesmo que com seus defeitos, estarão, na verdade, elegendo os mesmos que saquearam o país nos últimos anos, com os quais Lula vergonhosamente de novo se aliou. Aqueles que pensam que apertar o 22 elegerão Bolsonaro, mesmo que com suas deformidades, estarão, na verdade, elegendo a outra parte da corja que saqueou o país em governos anteriores e que pularam para um barco que disputa, com a mesma rota, a reta de chegada ao caos”, afirmou Ciro.
Para Ciro Gomes, “Bolsonaro não existia se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas”. “E Lula não sobreviveria, em sua ameaçadora decadência, se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro”, acrescentou.