O procurador regional eleitoral, Dr. Antônio Henrique Cadete, avaliou o pleito deste domingo, 02, como “tranquilo e sem violência”. O parecer foi dado momentos após o fim da votação no Estado, em entrevista coletiva na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL).
Apesar disso, a Polícia Civil (PC) contabilizou 26 situações autuadas no decorrer do dia de hoje, relacionadas às eleições.
“Alguns casos de corrupção eleitoral, boca de urna, transporte irregular de eleitores e um caso de um cidadão que registrou a votação no celular. Fora isso, uma eleição tranquila, sem violência. Até os atrasos nas urnas foram normais no período eleitoral. Eu acredito que ainda existam pessoas votando, e todos têm o direito de votar. Creio, inclusive, que o número de abstenções será menor neste pleito”, reforçou o procurador eleitoral.
O presidente da corte eleitoral, desembargador Otávio Leão Praxedes, concordou com a avaliação e frisou o caso de um empresário e policial militar, que está afastado dos quadros da PM, que filmou a urna eletrônica. Ele pontuou que apesar de ser um crime de menor potencial ofensivo, foi o mais grave registrado.
“Esse cidadão, apesar de afastado do quadro da PM alagoana não costuma ter um comportamento muito exemplar. Ele está sendo procurado e deve ser preso pelo crime eleitoral”, explicou.
Sobre as pessoas que ainda estão esperando para votar, o desembargador disse que não acredita que o resultado parcial que está sendo divulgado vai influenciar os eleitores que ainda estão nas filas.
“Acredito que a abstenção será menor se analisarmos as filas”, disse. Segundo ele, a previsão é que demore um pouco, mas até acredita que até às 22h o resultado deverá ser divulgado.
Atribuições do MP Eleitoral
O MP Eleitoral tem composição mista, com membros do MPF e do MP. É integrado pelo procurador-geral eleitoral, que é o procurador-geral da República, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os procuradores regionais eleitorais e os promotores eleitorais.
Os procuradores regionais eleitorais têm a atribuição de coordenar os trabalhos do Ministério Público Eleitoral nos estados. Já para cada zona eleitoral do Estado há um promotor eleitoral designado, que atua para coibir desvios, como abuso de poder econômico e político, uso indevido da máquina administrativa, propaganda irregular, compra de votos, e outros.
Além de adotar as providências legais para inibir as violações da lei, o promotor comunica-as ao procurador regional Eleitoral para adoção das providências necessárias junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), quando necessário.