Três dias após o primeiro turno das eleições de 2022, novas movimentações políticas marcam o cenário eleitoral. Nesta quarta-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, recebeu manifestações públicas de apoio de mais dois governadores.
Logo no início do dia, Ibaneis Rocha (MDB-DF), reeleito em primeiro turno no Distrito Federal oficializou sua aliança com o atual mandatário do país, durante coletiva de imprensa em Brasília, quando prometeu mobilizar esforços na campanha.
“É um apoio que vai de coração, e vamos correr as ruas do Distrito Federal junto com a população, em especial a população mais carente da nossa cidade, para que a gente consiga os votos pra reeleger o presidente Jair Messias Bolsonaro. Pode contar conosco, essa parceria é uma parceria efetiva e vamos trabalhar muito para reeleger o senhor”, disse Ibaneis ao chefe do Executivo federal.
Horas depois, quem também oficializou apoio a Bolsonaro foi Ratinho Júnior (PSD), governador também reeleito ao Paraná. Em seu pronunciamento, ele defendeu o governo atual pelos valores cristãos e prometeu liderar mais de 70% dos prefeitos de seu Estado na campanha pela reeleição do presidente.
Já fiz contatos com algumas lideranças nossas, já estamos fazendo levantamento regional que estão na campanha do presidente e vão entrar com mais força. Fizemos contato com lideranças religiosas, tanto do campo evangélico quanto do campo católico, para fazer um grande evento aos que entendem que esse governo defende a família e os valores cristãos, que vão valores fundamentais. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) também explicitou sua preferência pela continuidade do atual governo federal em conversa com prefeitos goianos. De acordo com a assessoria do mandatário, a expectativa é de que ele se encontre com Bolsonaro na quinta-feira, 6, para formalizar o apoio. O presidente já havia recebido apoio de Romeu Zema, Cláudio Castro, Sergio Moro e Rodrigo Garcia nesta terça-feira.
Em contrapartida, o ex-presidente Lula recebeu apoio do governador Helder Barbalho (MDB), do Pará; do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB); e da senadora Simone Tebet (MDB), então candidata da terceira via no primeiro turno das eleições. No Twitter, o petista agradeceu o apoio do governador reeleito para o segundo turno.
“Agradeço seu apoio neste segundo turno. Vamos juntos pelo bem do Pará e do Brasil”, escreveu Lula, quando também compartilhou uma foto ao lado do político. O anúncio do ex-presidente FHC também foi pela rede social, em uma declaração sucinta junto com duas fotos, uma antiga e outra mais recente, que mostram os políticos. “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu, se unindo aos tucanos José Serra, Tasso Jereissati e José Aníbal, que também manifestaram apoio a Lula.
A manifestação de Tebet, por sua vez, aconteceu em coletiva de imprensa, quando ela fez uma manifesto à população, reconhecendo críticas feitas ao ex-presidente, mas negando uma postura de neutralidade para a segunda etapa do pleito.
“Minha consciência me diz que omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública”, afirmou a senadora, que enumerou propostas apresentadas e justificou a escolha falando em defesa da democracia. “Depositarei nele [Lula] o meu voto, porque reconheço o seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”.
Entre as propostas apresentadas estão: ajudar municípios a zerar filas na educação infantil e implementar o Ensino Médio técnico; zerar filas geradas na saúde pela pandemia; resolver o problema de endividamento das famílias; sancionar lei de igualdade salarial entre homens e mulheres; e um quadro ministerial que seja plural.