Simaria recebeu a repórter Renata Ceribelli na casa dela para falar pela primeira vez sobre os novos projetos profissionais, projetos de vida.
Renata Ceribelli: O que te fragilizou nesse ano?
Simaria: O que mais me fragilizou foi ver meus filhos sofrendo nessa separação.
Simaria e o espanhol Vicente Escrig foram casados por 14 anos. Tem dois filhos, Giovanna , de 10 e Pavel de 7. A separação aconteceu ano passado e a briga do casal foi parar nos tribunais. O processo corre em segredo de Justiça.
“Na verdade, eu vinha já há muito tempo passando por problemas pessoais e estava muito difícil para mim entender o que era que Deus queria para mim, porque Deus sempre fala comigo através dos meus sonhos”, destaca Simaria.
Renata Ceribelli: A sua dificuldade foi a tomada de decisão?
Simaria: O doutor disse pra mim: ‘Minha filha, você tem dois caminhos a seguir – ou você continua casada pelos seus filhos e vai ser infeliz ou vai ser feliz’. Eu disse: ‘Eu escolho ser feliz e voltei pra casa decidida a não seguir no casamento’.
Renata Ceribelli: Foi um médico…. que foi um amigo?
Simaria: Meu amigo não, meu pai. Foi muito difícil pra mim, olhava meus dois filhos, eu pensava Deus, será que eu vou dar conta de tudo isso? De responsabilidade com o trabalho, com a banda…
Renata Ceribelli: Eu estou encontrando uma mulher fortalecida aqui.
Simaria: Fortalecida, mas estou sofrendo. Eu sofro direto. Eu gosto de sofrer.
Simaria foi descoberta pelo cantor de forró Frank Aguiar. Depois Simone entrou para banda. As duas cantaram com ele por sete anos. O sucesso só veio em 2012 , quando formaram a dupla e lançaram o ‘Bar das Coleguinhas’.
Renata Ceribelli: Eu não posso deixar de te perguntar sobre uma fala sua que repercutiu bastante, de que você se sentia muito cobrada pela Simone e que esse era um dos motivos que você gostaria de separar, acabar com a parceria.
Simaria: Não é nem que eu gostaria de separar. Eu estava extremamente vulnerável naquela entrevista que eu dei, cansada, sem voz, rouca, esgotada, sabe, observando algumas coisas que eu não estava gostando dentro do trabalho, juntou tudo e chega uma hora que eu falei: ‘Gente, eu não aguento mais isso’. É como se fosse um marido, que fica no seu pé. Só que depois nós conversamos. Nós nos entendemos. Ela veio aqui em casa. Ela disse, era cuidado, minha irmã. Minha irmã, mas estava me sufocando. A gente conversou, a gente se entendeu. Na vida, hoje nós somos parceiras, irmãs.