Agressão ocorreu durante a invasão de torcedores nos minutos finais da partida contra o Vasco na Ilha do Retiro
O Sport divulgou nesta segunda-feira (17) que registrou um Boletim de Ocorrência contra o torcedor que agrediu um bombeiro e uma bombeira civil na Ilha do Retiro, durante a invasão a campo nos minutos finais da partida contra o Vasco, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
O jogo foi encerrado antes do apito final, por conta da falta de segurança. No entanto, em nota oficial, o Sport rebateu o argumento e alegou que a partida poderia ter sido finalizada (veja abaixo na íntegra).
O Sport ganhava até os acréscimos, quando o árbitro foi chamado pelo VAR e marcou pênalti. Raniel converteu a cobrança aos 49 minutos do segundo tempo e comemorou em frente ao setor onde fica a principal organizada do Leão. Os torcedores conseguiram abrir um portão e invadiram o campo, e os jogadores tiveram de correr para o vestiário.
VEJA A NOTA OFICIAL DO SPORT
“O Sport Club do Recife, através desta nota, volta a se pronunciar oficialmente sobre os ocorridos durante o jogo contra o Vasco, no último domingo (16). Após a divulgação da súmula por parte do árbitro Raphael Claus e as declarações do dirigente do time carioca, o Clube entende que faz-se necessário um novo posicionamento para a devida elucidação dos fatos.
1 – Acima de tudo, o Sport aproveita para, mais uma vez, repudiar a invasão dos torcedores, conduta que não condiz com a tradição da torcida rubro-negra.
2 – Ainda neste contexto, o Clube lamenta veementemente a agressão sofrida pelos bombeiros civis Juliana Martins e Diego Correia. O Sport se solidariza e se coloca inteiramente à disposição das autoridades para que o responsável seja identificado e punido, atuando de maneira conjunta aos órgãos competentes. Além disso, o Clube informa que apresentou notícia-crime perante a Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva e foi registrado o respectivo Boletim de Ocorrência (BO).
3 – Após provocação do jogador Raniel, ex-Santa Cruz e profundo conhecedor da rivalidade entre as uniformizadas locais, o Clube destaca também a efetiva ação da Polícia Militar (PM), que em poucos minutos conteve os infratores e em seguida garantiu a sequência da partida de forma segura.
4 – Foi assegurado pela Polícia Militar em duas a oportunidades – no campo e no vestiário – a continuidade do jogo, após conter, de forma célere, os invasores da partida e evacuar em cerca de 50% o público do estádio, além de criar um cordão de isolamento com os agentes. Em nota oficial publicada nesta segunda (17), o batalhão reforçou o posicionamento:
(…) Quando da invasão ao campo, policiais militares do Batalhão de Choque, de pronto, atuaram no sentido de coibir o fato, fazendo voltar os torcedores às arquibancadas, assegurando a incolumidade dos jogadores, comissões técnicas, arbitragem e demais profissionais presentes (…). A PM reitera que garantiu a segurança da continuidade da partida, porém a arbitragem optou pelo encerramento do jogo.
5 – Declarações do dirigente do Vasco:
– Em nenhum momento a delegação do time carioca esteve ‘presa’na Ilha do Retiro, que recebeu efetivo policial e privado reforçado para a partida, como o Clube havia informado no início da semana passada.
– A todo instante o Sport disponibilizou seguranças contratados do Clube para, diante do ocorrido, acompanhar e resguardar o Vasco, seja o corpo diretivo, comissão técnica ou jogadores. Além disso, uma viatura policial ficou de prontidão na porta do vestiário, que fica posicionado em local seguro e estratégico para a preservação da segurança na Ilha do Retiro.
– A saída da delegação do Vasco do estádio também ocorreu de forma segura, com órgãos de segurança realizando a patrulha do ônibus responsável pela locomoção. O Sport trabalha de forma enérgica na apuração das imagens e ressalta que não houve agressão a atletas vascaínos ou membros de sua comissão técnica.”