Política

Amoêdo rebate críticas por apoio a Lula, mas vê crescer chance de expulsão do Novo

Partido Novo deve avaliar nos próximos dias o futuro político de João Amoêdo, um dos fundadores da legenda e candidato à eleição presidencial de 2018. Parlamentares do partido defendem até a expulsão do empresário após ele declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno. Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado federal Gilson Marques (Novo) lembrou que qualquer filiado pode entrar com uma representação no conselho de ética do partido para pedir a exclusão de Amoêdo.

“Durante muito tempo ele vem minando e criticando o trabalho dos eleitos. Ele não faz propaganda propositiva para o partido, muito pelo contrário, ele torce para que não haja sucesso. São vários os fundamentos para que se justifique a expulsão do partido, o que eu torço muito para que aconteça”.

Marques chegou a dizer que Amoêdo deveria se filiar ao PT e criticou o correligionário.

“Há mais de dois anos ele não participa de nenhum cargo dentro do partido, sequer foi candidato esse ano. Ele é somente um filiado. A expressão que ele tem é totalmente irrelevante. Agora, ele se vinculando à esquerda, o que nem me causou surpresa, só mostra o quanto ele está destoando do que pensa a grande massa dos filiados, dirigentes e eleitos do partido”.

Em sua rede social, João Amoedo rebateu as críticas que recebeu da direção do Novo e defendeu sua liberdade de expressão.

“Lamento que o partido utilize meios oficiais para atacar a liberdade de expressão e política de um filiado. Ao responder o questionamento acerca do meu voto em segundo turno, apenas exerci um direito que me é conferido pela nossa Constituição. Tal direito não apenas dialoga com um dos pilares do Novo – a liberdade de expressão – como também encontra amparo no seu Estatuto, em Diretriz Partidária vigente e em uma nota recente que textualmente reafirmou a liberdade de seus filiados em votar segundo suas convicções”.

Ao declarar voto no candidato petista, Amoêdo disse que Bolsonaro foi um “péssimo gestor”, um “governante autocrático” e que se coloca acima das instituições. O candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) defendeu o empresário e afirmou que ele provou coragem e compromisso com o Brasil.