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Operação da PF que investiga contrabando de cigarros cumpre mandados em Alagoas

Material ilegal saía do Suriname e tinha como destino o estado do Maranhão

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Operação Manguda foi realizada em Belém, Abaetetuba e Acará, no Pará

A Operação Manguda, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de contrabando de cigarros foi desencadeada nessa quarta-feira, 26, em três estados do Brasil, um deles Alagoas. Ao todo estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão contra o grupo ligado ao esquema ilegal.

Segundo informações divulgadas pelo portal da Polícia Federal, a investigação começou em Agosto de 2020, após a prisão em flagrante de quatro pessoas e a apreensão de aproximadamente 3.300 caixas de cigarros de origem estrangeira, na região de Itapera, zona rural de São Luís, no Maranhão, para onde parte do material seria destinado, realizada pela Polícia Militar.

Após a apreensão pela PM, o caso passou a ser investigado pela Polícia Federal, que descobriu um grupo estabelecido no Pará que estaria utilizando portos clandestinos localizados na costa maranhense para descarregar cigarros estrangeiros vindo do Suriname.

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Polícia apreendeu barco, caminhão e carga de cigarros em porto clandestino na zona rural de São Luís

Um ano depois, a Polícia Federal realizou a operação Melicertes na Região Metropolitana de São Luís e na cidade de Bequimão, onde também encontrou cigarros contrabandeados do Suriname que chegavam ao Maranhão por um porto clandestino em Bequimão.

Na época, quatro pessoas foram presas e, além da carga de cigarros contrabandeados, avaliada em R$ 2.500 também foram apreendidos a quantia de R$ 12.697 em espécie e uma arma de fogo.

Em Alagoas, os mandados foram cumpridos na cidade de Arapiraca, na região Agreste. Os outros estados alvos da ação foram Pernambuco, no município de Garanhuns, e o Pará, nas cidades de Belém, Abaetetuba e Acará. Ao todo, R$ 45 mil foram apreendidos.

Além dos mandados de busca, a Justiça Federal determinou o bloqueio de ativos financeiros até o limite de R$ 8.250 milhões em desfavor de um dos investigados e de uma empresa, supostamente utilizada para lavar dinheiro do grupo.

Caso condenados, os investigados poderão responder pelos crimes de contrabando e associação criminosa, cuja pena somada pode chegar a 13 anos de reclusão.