O policial militar que desarmou um ladrão com um chute, nesta quarta-feira (26), em Taguatinga, no Distrito Federal, explicou a decisão que teve no momento da abordagem. O PM chegou a apontar uma arma para o criminoso, que o ameaçava com uma faca, mas não atirou e desarmou o suspeito com o golpe. A cena foi gravada por câmeras de segurança.
Roniedson Araújo afirma que optou por não atirar porque havia muitas pessoas no local: “Qualquer tipo de disparo que eu desse ali teria tido uma proporção trágica”, afirma.
Antes de ser detido pelo PM, o suspeito tinha roubado o celular de um pedestre, e ameaçou a vítima com a faca que carregava. Segundo o militar, o criminoso demonstrou agressividade.
“Em todo momento, eu tentei uma negociação com o homem, mas, por estar no momento sob a influência de entorpecentes ou de alguma substância alucinógena, ele a todo momento só pensava em agredir, ir para cima com a faca. Duas vezes, ele tentou atingir meu abdômen”, conta o PM.
A vítima, que não quis se identificar, também detalhou a abordagem do ladrão. O homem roubado afirma que o suspeito perguntou o horário e, em seguida, anunciou o assalto.
“Num piscar de olhos, ele virou e já botou a faca na minha garganta, assim perto do meu pescoço. Graças a Deus, não foi nada grave. Mas muita gente perde a vida por causa de celular, né”, diz.
Cena gravada
As câmeras de segurança de uma farmácia registraram a situação. As imagens mostram o homem tentando fugir após o roubo, e sendo perseguidos por pedestres.
Pela gravação, é possível ver que um deles parecia carregar um pedaço de madeira enquanto corria atrás do suspeito. Neste momento, o policial militar de folga passou pelo local, de carro.
O PM Roniedson Araújo desceu do veículo, sacou a arma e ordenou que o homem se entregasse. Mas pelo contrário, o suspeito ameaçou o militar com a faca. Foi quando o policial, empunhando a arma, deu um chute preciso e arremessou a faca para longe, rendendo o ladrão.
A Polícia Militar orienta a população a nunca reagir a assaltos e tentar manter a calma. Neste caso, em Taguatinga, a reação foi de um militar treinado.