PRF é acusada de retardar eleitores com operações; entidade nega

Por meio das redes sociais, eleitores denunciam operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em transportes intermunicipais com o objetivo, segundo as denúncias, de impedir a chegada dos eleitores até seu local de votação, neste domingo (30).

Um vídeo encaminhado à redação do Alagoas 24horas, mostra o momento em que, após ser abordado, o motorista do transporte conversa com agentes da PRF, na entrada da cidade de Teotônio Vilela, no interior de Alagoas. Segundo o denunciante, o documento de todos os passageiros que estavam na van foi solicitado e nenhuma justificativa foi dada.

Dados obtidos pela Folha dão conta que até às 12h, 514 ações de fiscalização em transportes públicos já foram realizadas pela PRF, sendo que 82 delas só em Alagoas.

Em nota, a Assessoria de Comunicação da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal em Alagoas informou que abordagens gerais estão sendo feitas no estado e que não há foco em ônibus ou em eleitores. Confira a nota na íntegra:

A PRF tem feito abordagens gerais de Código de Trânsito Brasileiro (CTB) no estado, não tem foco em ônibus e nem em eleitores. Não tenho a informação da quantidade exata de ônibus fiscalizados em AL, mas em regra geral, a porcentagem de ônibus fiscalizados gira em torno de 10% da quantidade geral. Nao houve nenhum ônibus com eleitor retido no estado

Outras cidades do Nordeste – A mesma situação foi registrada em outros municípios do Brasil, principalmente no Nordeste.


O prefeito de Cuité (PB), Charles Camaraense (Cidadania), gravou vídeos denunciando a situação. “Eu não quero acreditar que isso é uma ação orquestrada, para que o posso não possa vir votar. Mas está acontecendo nesse exato momento, em pleno dia de eleição, bliz da Polícia Rodoviária Federal aqui na entrada de Cuité, impedindo que algumas pessoas possam deixar de ir votar”, diz ele.

Na cidade de Zé Doca, no Maranhão, também houve registro de viaturas da PRF, em uma rodovia.

TSE exige explicações – Após as denúncias, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu esclarecimentos imediatos à direção da PRF.

Moraes determinou que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, seja oficiado “com urgência” a “informar imediatamente sobre as razões pelas quais [estão sendo] realizadas operações policiais”.

Atendendo a pedido do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o ministro Alexandre de Moraes já havia proibido que a PRF e a Polícia Federal (PF) fizessem operações envolvendo transporte público de eleitores neste domingo. Caso a decisão não seja obedecida, pode haver responsabilização criminal dos diretores-gerais das corporações.

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