Brasil

Justiça determina prisão preventiva de homem que atropelou manifestantes em Mirassol

A Justiça manteve a prisão preventiva do homem que atropelou manifestantes em Mirassol, no interior de São Paulo. O caso ocorre na última quarta-feira, 2, na rodovia Washington Luiz. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que motorista avança contra os manifestantes. Ele parou o veículo poucos metros depois e foi preso em flagrante.

No total, 17 pessoas ficaram feridas. As vítimas foram encaminhadas Unidade de Pronto Atendimento de Mirassol. Os casos mais graves foram levados ao Hospital Regional de São José do Rio Preto. Duas crianças também ficaram feridas.

A via foi bloqueada pelos manifestantes que protestavam contra o resultado final das eleições. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), um audiência de custódia foi realizada ontem, 3, onde a prisão em flagrante foi convertida para prisão preventiva. Na decisão, o juiz Lincoln Augusto Casconi, da Comarca de São José Rio Preto, vê a prisão preventiva como necessária “nada obstante o autuado ter ocupação lícita e domicilio fixo”.

Ainda segundo o magistrado, “tratou-se de um fato de repercussão nacional, pois o ilícito ocorreu em âmbito de manifestação política, o qual por essa razão deverá ser e melhor apuração dos fatos, inclusive para a apuração da real motivação da conduta do autuado, assim como das vítimas que se encontravam no local, pois em tese, estas últimas também participavam de um movimento por ora reconhecido como ilegal, por haver determinação do Supremo Tribunal Federal, para o desbloqueio de vias públicas”.

Segundo Casconi, a prisão ocorre “até mesmo para assegurar a aplicação da lei, para se coibir qualquer exploração e fomentação de mais movimentos já considerados ilegais de bloqueios de vias, como se tudo agora estivesse permitido, seja do lado que for dos envolvidos, como se estivesse agora autorizando-se assim aos próprios participantes agirem em defesa dos seus supostos direitos, em detrimento da ordem publica, que antes de tudo é dever das instituições constituídas preservá-la, pelos meios legais para tanto”.

De acordo com a decisão, o homem alegou ter sido agredido por um policial. Por conta disso, o juiz determinou o envio de um ofício para a Corregedoria da Polícia Militar e que seja aberta uma investigação.