Um professor de uma escola municipal de Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza, é investigado pela polícia suspeito de assediar sexualmente pelo menos 10 alunas. Um relatório escolar da Secretaria da Educação da cidade que o g1 teve acesso traz relato das vítimas, que afirmam que se sentiam constrangidas ao serem acariciadas pelo professor “em suas nucas, cinturas, coxas e mãos”.
A denúncia das vítimas, com idade de 12 a 14 anos, foi feita no dia 10 de outubro. Em um dos casos de assédio, a adolescente relata que o professor chegou a “beijar muito próximo ao canto da boca”; outra garota diz que ele “abraçou-a, deslizando a mão até suas nádegas”.
As vítimas também relataram, em denúncia, que o professor investigado fazia perguntas de cunho sexual e constrangedor, como: “você é virgem?”, “você me ama?”, “vamos passar o final de semana comigo na minha casa?”, “vamos almoçar comigo?”. O docente também mantinha contato com alunas pelas redes sociais.
Ao g1, uma fonte da Polícia Civil de Cascavel informou que o professor é investigado em um inquérito policial que está perto de ser concluído. Conforme o policial “há indícios que comprovam as denúncias feitas pelas 10 vítimas”.
A Secretaria da Educação de Cascavel o afastou das funções.
As denúncias de assédio foram repassadas pela escola ao Conselho Tutelar de Cascavel, que oficiou à Polícia Civil.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou que a Polícia Civil investiga o professor suspeito de crime de importunação e assédio sexual contra 10 vítimas de 11 a 14 anos de idade em uma instituição de ensino municipal.
Caso similar
Nesta semana, outro professor foi afastado da escola que ensinava suspeito de assédio sexual contra aluno de 14 anos, em Beberibe, a 75 km de Fortaleza. De acordo com a mãe do adolescente, o docente perguntou se poderia fazer chamada de vídeo e mostrar “muito mais além da nota da prova”.
As conversas começaram após o aluno desejar parabéns pelo Dia do Professor e perguntar sobre a nota do estudante em uma prova. O professor é casado e tem dois filhos.
“Perguntou se meu filho queria ver a forma que o professor acordou, dando a entender que estava excitado. Perguntou se poderia fazer chamada de vídeo, ver algo a mais do que a nota do trabalho. Você não tem nada para me mostrar?”, relatou a mãe.
A Secretaria Municipal de Educação de Beberibe informou ao g1 que foi comunicada a respeito do caso e fez os “devidos encaminhamentos para que as autoridades tomassem as providências necessárias”. A Secretaria Municipal de Educação reforçou que o professor foi afastado, como “ato preventivo”.