O relatório das forças armadas afirma que não foi encontrado nenhum indício de fraude, mas sugeriu melhorias ao TSE para proxímas eleições.
Mesmo após o Ministério da Defesa enviar o relatório de fiscalização do processo eleitoral ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nessa quarta-feira (9), que não apontou fraudes nas urnas, a manifestação realizada em frente do quartel do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado segue sendo realizada no canteiro central da Avenida Fernandes Lima.
A equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas foi até o local na manhã desta quinta-feira (10), onde constatou que, mesmo com menos pessoas se comparado com outras ocasiões anteriores à divulgação do relatório, o movimento continua instalado no canteiro central com algumas das faixas e cartazes que pedem “socorro” para as forças armadas e fazem críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF): “supremo é o povo”.
No local, a reportagem do Alagoas 24 Horas conversou com alguns manifestantes, que se limitaram a dizer que “faziam parte da resistência”, mas se recusaram a dar entrevista para a imprensa. . Veja imagens:
Relatório não aponta fraude, mas pede melhorias
O relatório das forças armadas gerava expectativa entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que estão insatisfeitos com a condução do TSE em relação as eleições presidenciais. No documento, o Ministério da Defesa afirma que não foi encontrado nenhum indício de fraude que pudesse ter afetado o resultado da disputa entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
Contudo, a pasta apontou sugestões de melhorias para os pleitos dos próximos anos, alegando que “dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
Manifestantes evitam poluição sonora
Após uma denúncia de moradores no bairro do Farol sobre o barulho provocado pelos manifestantes que, segundo relatos, estariam utilizando som acima do volume permitido, o Ministério Público de Alagoas MPE/AL) encaminhou a denúncia para a ouvidoria para que a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente pudesse investigar o caso.
Os efeitos puderam ser percebidos quase que de forma imediata, uma vez que os manifestantes expuseram uma placa para que os carros que passam no local não buzinem. “Não buzine, junte-se a nós”, diz o cartaz.
O trânsito flui na Avenida Fernandes Lima, sem maiores intercorrências.