Rixa entre famílias seria a motivação para uma série de crimes cometidos no sertão dos dois estados
Quatro pessoas acusadas de homicídios foram presas em uma operação conjunta entre as polícias de Alagoas e Pernambuco nas primeiras horas desta quarta-feira (16). As prisões ocorreram nas cidades de Mata Grande (AL) e Inajá (PE) e mobilizou cerca de 50 agentes da Segurança Pública comandados pelo delegado Regional de Delmiro Gouveia, Rodrigo Calvacante, e o tenente-coronel Diogo Vital.
A polícia não divulgou a identidade dos suspeitos. Mas, de acordo com a assessoria da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio de nota, além das quatro pessoas presas, outras três conseguiram escapar da ação policial e estão foragidas. Elas são suspeitas de um homicídio ocorrido no último dia 29 de outubro, no distrito Santa Cruz do Deserto, na cidade de Mata Grande, no sertão de Alagoas. A vítima foi identificada apenas como Aramis ou Tico.
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A vítima foi morta por pelo menos nove homens fortemente armados que chegaram em dois veículos se apresentando como policiais. Na ocasião eles teriam invadindo duas casas da família Gaston e no local começaram a quebrar as portas e efetuar vários disparos de arma de fogo iniciando uma intenção troca de tiros. Segundo a polícia, a vítima fatal foi capturada e arrastada para fora de casa e morta com um tiro na cabeça.
Ainda de acordo com a PC, as prisões também estão relacionadas com a morte de Maria Aparecida de Araújo, de 31 anos, ocorrida na cidade de Inajá, em Pernambuco, no último dia 14 de outubro. Um hoimem de 551 anos ficou ferido na ocasião.
Rixa entre famílias
Por meio de nota à imprensa, a Polícia Civil de Alagoas destacou que existe uma rixa entre as famílias Gaston e Batalha que “vem de muito tempo”.
“Ambas possuem propriedades vizinhas na zona rural de Mata Grande e a tensão aumentou após um atentado a bala que resultou na morte dos irmãos Gilberto Batalha da Silva, conhecido como “Beto”, 40 anos, e Manoel Messias Batalha da Silva, 49, e deixou outro gravemente ferido, identificado como Marcos Batalha da Silva, em 2020”.
À época do crime entre os irmãos, as primeiras informações divulgadas à imprensa davam conta que o crime teria ocorrido por causa de uma vaca e que o animal teria invadido a fazenda de propriedade dos suspeitos do atentado que a mataram.
Na ocasião, o que teria sido apurado pela equipe do delegado Thales Silva Araújo, titular da Delegacia Distrital de Polícia (28º-DP), é que os responsáveis pelos crimes seriam um fazendeiro de 52 anos e seus três filhos, de 30, 31 e 35 anos. Eles não podem ter as identidades divulgadas por causa da Lei de Abuso de Autoridade.
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