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PM prende um dos suspeitos de matar major dos Bombeiros queimado

Wagner Bonin foi queimado vivo ao tentar denunciar a instalação de barricadas por traficantes em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Major Wagner Bonin, do Corpo de Bombeiros, foi sequestrado por criminosos após fotografar barricadas perto de casa — Foto: Reprodução/ TV Globo

Policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), da Polícia Militar, prenderam um dos suspeitos de matar o major do Corpo de Bombeiro Wagner Bonin, de 42 anos. A prisão foi feita na noite de quinta-feira (17), durante patrulhamento na Avenida Brasil, na altura da Vila Kennedy.

Em redes sociais, o secretário de Defesa Civil e comandante-geral dos Bombeiros, Leandro Monteiro, agradeceu à PM e disse que a Polícia Civil vai pedir a prisão do homem, identificado como Washington Braga, de 20 anos.

“Parabéns a @PMERJ (BPVE) por prender um dos suspeitos da morte do Maj Wagner Bonin. A @PCERJ irá pedir ainda hoje a prisão do marginal no plantão judiciário. O bem sempre prevalecerá. Continuaremos na busca de outros suspeitos.”

Segundo apurou o g1, o suspeito estava com outros dois homens num carro abordado pelo BPVE. Ao ser interrogado, disse ser da comunidade São Mateus, em São João de Meriti e, segundo a PM, admitiu estar em fuga para Campo Grande após uma busca policial em sua casa ter encontrado pertences do major Bonin.

Ainda segundo o próprio Washington, seu aparelho celular também teria sido encontrado por policiais na cena do crime.

A PM, então, entrou em contato com a Delegacia de Homicídios (DH), que confirmou indícios da participação de Braga no crime. Preso, ele foi levado para a DH no fim da noite de quinta-feira, junto com os dois outros homens, que inicialmente serão ouvidos como testemunhas.

Queimado vivo
Segundo Monteiro, o bombeiro foi executado brutalmente por traficantes:

“Fui informado há pouco pelo diretor de perícia da Polícia Civil que o major foi queimado vivo”, disse.

O crime aconteceu após Bonin fotografar barricadas no interior da comunidade São Mateus. Ele foi descoberto e levado para o interior do local, na tarde de quarta-feira (16).

O major chegou a enviar as fotos que fez para a Polícia Civil. De acordo com as investigações, ele estava inconformado com o avanço do tráfico de drogas na região.

Policiais fizeram buscas e encontraram um corpo carbonizado no banco de trás do carro do major, no Parque Columbia, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. A localização foi possível graças ao rastreador do carro do major, que emitiu sinais de dentro da comunidade. A Polícia Civil fez uma operação durante a noite para tentar encontrá-lo.

Durante a manhã desta quinta, o Instituto Médico-Legal confirmou que o corpo carbonizado encontrado dentro do veículo é do militar.

Em nota, o Corpo de Bombeiros lamentou o assassinato, disse que a corporação está de luto e que confia na Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias do crime.