O catador de materiais reciclados que teve uma das mãos amputadas após a explosão de uma bomba caseira no Centro de Maceió, foi ouvido nesta terça-feira (22) pela equipe do 1º Distrito Policial da Capital, responsável por investigar o caso.
À Polícia Civil Jorge Quirino da Silva, de 50 anos, que recebeu alta médica no último sábado (19), explicou que o material explosivo estava dentro de uma sacola plástica, não de uma lata como se acreditava inicialmente.
Ele falou que havia acabado de recolher a lata quando viu o material diferente e ficou curioso. “Era uma bola enrolada com fita adesiva. Eu peguei uma faquinha de serra, abri e caíram duas chimbras. Eu vi uns parafusos e pregos e um pó preto que eu achei que era areia e não pólvora”, contou em entrevista à TV Pajuçara.
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Em seguida o homem continua dizendo que devolveu o material à sacola e quando a colocou no chão de novo houve a explosão. Ele falou ainda que foi “jogado longe” e demorou a entender o que havia acontecido.
Também em entrevista, o chefe de operações do 1º DP, Alan Barbosa, contou que não acredita que o artefato tenha sido deixado de propósito para atingir o catador e que agora trabalhará para determinar se esse primeiro caso tem ligação com a explosão ocorrida ontem no Hospital Geral do Estado (HGE).
A vítima está agora na casa de uma filha, depois de passar nove dias internado. Ele está tomando medicamentos e ainda não retornou às atividades.
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