Em entrevista, a pedagoga Claudia Tavares afirmou que era vítima de violência doméstica e que se sente livre após o crime
A pedagoga Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, de 40 anos, presa por matar o marido, Valdemir Hoeckler, e esconder o corpo no freezer de casa, deu detalhes sobre a motivação do crime. A mulher afirma que era vítima de violência doméstica e que sentiu uma “sensação de liberdade” após o delito.
“Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade”, afirmou ao canal Beto Ribeiro, no YouTube. Ela concedeu a entrevista um dia antes de se entregar à polícia, nessa segunda-feira (21/11).
“Eu vou agora cumprir minha pena, vou para cadeia, mas eu nunca me senti tão livre”, disse.
A pedagoga narrou situações de violência em que o homem ameaçava a ela e a filha do casal. O estopim foi quando Valdemir teria proibido a mulher de viajar com as colegas de trabalho.
“No domingo (13/11) eu pedi para ir. Ele me bateu e disse que eu não ia […] disse que se eu fosse, ele ia me buscar aonde eu estivesse e ia me matar”, contou.
Ela confessou que deu remédio para o marido dormir e o asfixiou. “Dei um surto. E pensei: ‘já que alguém vai morrer, que seja você.’”
Hematomas
Valdemir foi encontrado morto dentro de um freezer na residência do casal no último sábado (19/11), em Lacerdópolis (SC). Ele estava desaparecido havia quatro dias.
Durante as investigações, ainda na época do desaparecimento, Claudia foi submetida a um exame de corpo de delito por causa de lesões e hematomas que apresentava no corpo, semelhantes a agressões.
O advogado da mulher investigada afirmou que a morte foi motivada por supostos episódios de violência doméstica.