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Polícia diz que após ataque em Aracruz, atirador guardou armas, almoçou e seguiu para casa de praia com os pais

Reprodução

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Durante coletiva de imprensa para detalhar o andamento das investigações sobre o ataque as escolas de Aracruz, no Espírito Santo na última sexta-feira (25), a Polícia Civil informou que o assassino de 16 anos guardou as armas, almoçou e seguiu para a casa de praia com os pais depois de invadir as duas escolas.

Ao todo, quatro pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas. O ataque teve início por volta de 9h30 e o adolescente foi apreendido por volta de 14h10.

O superintendente de Polícia Regional Norte, delegado João Francisco Filho, disse que após o crime o adolescente foi até um local ermo, tirou o material que cobria as placas, voltou para a casa de praia em Mar Azul, em Coqueiral de Aracruz, pegou todos os objetos e guardou para que os pais não desconfiassem.

“[Ele] coloca tudo onde estava e fica no interior da casa como se nada tivesse acontecido. Os pais chegam e ele reage naturalmente. Os pais já sabiam do atentado, comentam com ele e ele se faz de desentendido. Eles tinham o hábito de ir na casa. Foi enquanto eles estavam que a força-tarefa conseguiu descobrir quem seria o autor e onde ele estava estava”, contou o delegado.

O delegado João Francisco disse que inicialmente o adolescente negou, mas depois confessou o crime na frente dos pais.

Pai de vítima de ataque fala pela primeira vez
O pai da menina Selena Sagrillo, morta no ataque a escolas em Aracruz, no Espírito Santo, o represente comercial Érick Serafim Zuccolotto, falou neste domingo (27) pela primeira vez sobre o ataque e disse em um vídeo que o mínimo que a família vai buscar é Justiça. Além de Selena, outras três pessoas morreram e 13 ficaram feridas.

“O mínimo que a gente vai buscar agora é justiça. Ele claramente tinha muito ódio no coração e isso não é algo que surge da noite pro dia. Além de tudo, ele planejou, foi frio até na hora de confessar o crime”, disse o representante comercial.

No mesmo vídeo, Érick disse que a família vai entrar com um processo contra o pai do assassino, que é policial militar.

O representante comercial também falou sobre a dor da perda da filha.

“Já desabei várias vezes. Desde sexta-feira, sobrou só um vazio dentro de mim. Não estou vendo a hora passar. Estou parado olhando pro nada o dia inteiro. Uma dor absurda”, declarou o pai de Selena.

Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe menina Selena Sagrillo, divulgou, na noite deste sábado (26), uma carta em que compartilha o sofrimento pela perda da menina e pede amor, piedade e segurança para crianças. A mãe de Selena também disse que perdeu a filha para o ódio.

O ataque deixou quatro pessoas mortas e mais de 10 feridas. O assassino, um adolescente de 16 anos, foi apreendido horas após o crime.