Brasil

Antes de serem carbonizados, militares visitaram casa de prostituição

Militares mortos no RJ

O sargento do Exército Julio Cesar Mikaloski e o amigo da Marinha, Sidney Lins dos Santos Junior, militares encontrados carbonizados dentro de um carro em São Pedro da Aldeia (RJ), no último fim de semana, foram à região de Cabo Frio para assistir ao jogo do Brasil na Copa do Mundo, contra Camarões, na última sexta (2/12).

A dupla de moradores da cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi passar o fim de semana com amigos. Contudo, os dois teriam sido surpreendidos por criminosos que atearam fogo no carro em que estavam. Um dos corpos foi encontrado no porta-malas e o outro no banco de trás do veículo, que ficou destruído.

Segundo a Polícia Civil, agentes do 25º Batalhão da Polícia Militar de Cabo Frio receberam um chamado no sábado (3), de que havia um carro incendiado na Estrada da Caveira, na Região dos Lagos.

No local, usado por criminosos para abandonar vítimas, foi encontrado um veículo com dois corpos carbonizados na área de mata.

Os militares foram identificados no domingo e encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) para confirmação por meio de exame de DNA, nessa segunda-feira (5). Ainda não há data marcada para o sepultamento.

Os detalhes da movimentação da dupla na madrugada do sábado, data em que teria ocorrido o assassinato, ainda não foram confirmados pela Polícia Civil. Até o momento, a apuração é feita a partir de imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas. “Diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime”, afirmou a corporação ao Metrópoles.

Suspeitas no caso
No decorrer da investigação, surgiram algumas versões sobre o caso. A primeira delas é que os militares teriam resolvido ir a uma casa noturna após a partida de futebol, onde se envolveram em uma confusão e foram cercados por criminosos armados. Depois, não foram mais vistos.

A polícia também trabalha com a hipótese de que os dois teriam, embriagados, decidido ir a uma casa de prostituição no bairro Vinhateiro, em São Pedro da Aldeia. Eles teriam errado o caminho e entrado em uma comunidade, onde teriam sido torturados por um grupo de traficantes. Outro relato sugere que trata-se de latrocínio — roubo seguido de morte.

Como o carro tem GPS, os agentes pretendem refazer o trajeto dos militares para saber onde eles estavam antes de serem mortos. Ao longo dessa segunda, familiares estiveram no Instituto Médico Legal de Cabo Frio para fazer a liberação dos corpos.

Em nota, a Seção de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML) informa que “o caso encontra-se a cargo dos órgãos de segurança pública, não cabendo ao CML comentar investigações em andamento”. Neste momento de consternação, o Comando está prestando todo o apoio e solidariza-se com os familiares e amigos.

O 1º Distrito Naval também foi procurado, mas não quis comentar o caso. Disse que qualquer informação será prestada na página oficial da Marinha.