Eliminação para a Croácia na Copa do Mundo encerra trabalho de Tite na seleção brasileira
A derrota nos pênaltis para a Croácia nesta sexta-feira (9), pelas quartas de final da Copa do Mundo, foi o ponto final do trabalho de Tite na seleção brasileira.
O técnico, que já havia anunciado antes mesmo do Mundial que não permaneceria no cargo nem em caso de título, confirmou que deixará o posto ao fim do seu contrato, que vence justamente agora.
“Derrota dolorida, mas em paz comigo mesmo. Fim de ciclo”, afirmou o técnico, na sexta resposta da entrevista coletiva. Na sequência, ele falou mais do assunto.
Já respondi isso. Eu já havia colocado há mais de um ano e meio, não sou um cara de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar, quem me conhece sabe. Agora sim foi um processo inteiro. Antes foi um processo de recuperação. Agora teve uma sequência inteira. O desempenho, bem… façam os comentários de vocês. Está aí”, disse.
A passagem de Tite
Tite é oficialmente técnico da seleção desde 20 de junho de 2016, quando foi anunciado pelo então presidente da CBF Marco Polo Del Nero. Ele, que estava no Corinthians, assumiu o lugar que era de Dunga, demitido após eliminação para o Peru, na Copa América.
Em pouco mais de seis anos, o treinador dirigiu o Brasil em 81 jogos. Foram 60 vitórias, 15 empates (incluindo o derradeiro, contra a Crácia) e apenas seis derrotas, um aproveitamento de 80%.
Com Tite, a seleção fez campanhas históricas nas eliminatórias da Copa do Mundo, tanto em 2016/17 quanto na última, entre 2019 e 2022, e venceu um título, o da Copa América em 2019. Também foi vice do mesmo torneio em 2021.
Nas Copas, campanhas semelhantes, com duas eliminações nas quartas de final. A primeira para a Bélgica, com derrota por 2 a 1 na Rússia, e a segunda agora, para a Croácia, nos pênaltis.
E agora?
Com o adeus de Tite, abre-se a corrida para saber quem assumirá a seleção brasileira de olho no próximo ciclo, mirando a Copa de 2026, a ser disputada em três países (Canadá, Estados Unidos e México).
Muitos nomes foram especulados nos últimos meses, como Fernando Diniz (Fluminense), Dorival Jr. (que acaba de deixar o Flamengo) e também Abel Ferreira (Palmeiras). Todos foram muito perguntados nos últimos meses e falaram da possibilidade sem cravar nada.
A CBF, no entanto, nunca confirmou para que lado penderia na escolha do sucessor de Tite. O assunto esquentará nas próximas semanas e só deve ser decidido a partir de janeiro de 2023. Até lá, o Brasil não fará nenhuma partida.