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Delegada diz que ainda não é possível afirmar que Thiago Rodrigues foi atacado por bandidos

Ator Thiago Rodrigues será ouvido sobre agressões e assalto — Foto: Laura Rocha/g1

A delegada Bianca Lima, titular da 15ª DP, e que está à frente da investigação do caso envolvendo o suposto assalto a Thiago Rodrigues, declarou nesta terça-feira (13) que não há confirmação sobre a primeira versão divulgada de que cinco homens teriam agredido o ator. Ela também afirmou que trabalha com três linhas de investigação.

Segundo ela, novas diligências vão apurar se o ator foi mesmo assaltado e agredido, se ele se envolveu em uma briga na saída do evento no Jockey Club ou se ele caiu sozinho na Praça Santos Dumont. Essas hipóteses foram levantadas uma vez que Thiago ficou sem o celular – sem a confirmação se foi roubado ou perdido – , mas manteve a mochila, a carteira e o cordão.

Segundo Bianca Lima, Thiago chegou a se envolver em uma discussão com um casal dentro da festa Village, no Jockey Club, e foi afastado da Arena, área VIP do evento.

Às 5h40, uma amiga do ator informou que ele a colocou em um carro de aplicativo, e mostrou o print para provar.

De acordo com a investigação, Thiago afirmou que só se lembra do evento, com o restante de apenas flashes.

A delegada afirmou que a situação aconteceu na Praça Santos Dumont, por volta das 6h. Em depoimento, Thiago confirmou que foi socorrido por uma comerciante, a quem afirmou ser capaz de reconhecer. Ele pegou um táxi em direção à casa de amigos no Joá, de onde seguiu para o Hospital Miguel Couto. A ficha de atendimento do ator tem o registro de 7h19.

Ainda no hospital, funcionários afirmaram ter ouvido o ator dizer que teria se envolvido em uma confusão e que voltaria ao local “para resolver”. Em depoimento, Thiago negou ter dito isso. Ele confirmou apenas apenas ter dito que voltaria para tentar recuperar o celular.

A 15ª DP ouviu ainda nesta terça-feira o segurança que separou a discussão de Thiago na festa. O local dará acesso à polícia sobre celulares perdidos durante a festa, para que os investigadores possam averiguar se o aparelho do ator está entre eles.

Os investigadores ainda ouvirão outros seguranças do local e o policial do Hospital Miguel Couto. Foram pedidas câmeras dos bares da praça onde teria ocorrido o acidente. Segundo a delegada, foi entre os bares Brewteco e Braseiro.

Delegacia pediu o corpo de delito
A investigação também teve acesso às câmeras do evento, que mostram, ao fundo, o momento que Thiago se envolve em uma discussão. As câmeras já checadas da praça entre a madrugada e a manhã não apresentam “movimentações estranhas” ou correria.

À polícia, Thiago disse que, na verdade, ele contou a uma amiga que “parecia que tinha apanhado de cinco homens”, mas que não se recordava de nada.

À delegada, Thiago ainda demonstrou urgência para que o caso fosse concluído e do transtorno para ele e para a família. Questionado sobre ter sido uma briga – motivo pelo qual a investigação poderia ser encerrada -, ele disse infelizmente não se lembrar.

Além do ferimento grave na cabeça, o ator ainda teve escoriações no cotovelo e na mão.

Pela demora para prestar depoimento, a delegada afirmou que não seria possível fazer o toxicológico – não feito no hospital -, o que atrapalhou a investigação. Entretanto, foi pedido o exame de corpo de delito.

Segundo a delegada, a investigação foi aberta assim que houve conhecimento do incidente após a notícia veiculada em portais de imprensa de que o ator teria sido alvo de bandidos em praça próxima à delegacia.