Ele estava foragido e foi localizado em ação integrada entre as Polícias Cívis de Alagoas e Mato Grosso; em Alagoas, ele constituiu uma nova família
Um homem de 61 anos, condenado pela Justiça do Mato Grosso a 72 anos de reclusão pelo crime de estupro contra os próprios filhos e o enteado, foi localizado e preso, nesta quarta-feira (14), em Arapiraca, no Agreste alagoano.
O mandado de prisão foi cumprido no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), onde o homem foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A Polícia Civil infomou que quando o criminoso tiver alta será transferido para o Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano.
A localização do criminoso foi possível diante do trabalho integrado do Núcleo de Inteligência da Regional da Polícia Civil do Mato Groso e da Polícia Civil de Alagoas, por meio das delegacias do 65° Distrito Policial de Cacimbinhas, do 67° Distrito Policial de Igaci, da 5° Delegacia Regional de Palmeiras dos Índios e da 52º Distrito Policial de Arapiraca.
A equipe do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Confresa fez diligências e descobriu o paradeiro do foragido, que teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara da Comarca de Sorriso, em função da decisão condenatória, e depois de ter descumprido medidas cautelares aplicadas.
O foragido, identificado apenas pelas iniciais C.R.S., foi condenado pelo crime cometido em 2016, na cidade de Sorriso, contra os próprios filhos e o enteado. Na época dos fatos, ele foi preso em flagrante, porém, foi solto para responder pelo crime em liberdade e, desde então, seu paradeiro era desconhecido.
Relatos de testemunha ouvida em juízo apontaram que o réu já teria praticado o mesmo crime contra sua família, anteriormente. Conforme trecho da ação penal, “chama a atenção o fato do criminoso ser um molestador sadista e oportunista que, no caso em concreto, transformou o lar de sua família num calabouço para a satisfação de sua lascívia, às custas da dor e sofrimento de seus enteados e filhos”.
Após ser solto, em 2017, o criminoso teria se mudado para Alagoas e no estado constituiu uma nova família, que não tinha conhecimento dos crimes que ele respondia em Mato Grosso. Lá, ele trabalhava como instrutor de canto e de instrumentos musicais, frequentava igreja e não levantava qualquer suspeita da comunidade local.
A localização do condenado faz parte da Operação Amón, da Regional de Confresa, em Mato Grosso, para cumprimento de mandados de procurados pela Justiça. Amón é nome de origem grega e significa oculto ou escondido.