Copa do Mundo

Por que Messi ‘diferente’ preocupa França e o que mudou desde jogaço que Mbappé decidiu contra Argentina

França e Argentina vão fazer a final da Copa do Mundo do Qatar, neste domingo (18), às 12h (de Brasília), quatro anos depois de protagonizarem um dos melhores jogos do mata-mata na Rússia. Em 2018, brilhou a estrela de Kylian Mbappé, com dois gols, e a seleção que seria campeã venceu por 4 a 3.

O jogo de sete gols nas oitavas de final chegou a ser surpreendente, já que nenhuma das duas equipes havia feito uma grande fase de grupos. Se a França até se classificou sem sustos, a Argentina chegou a flertar com a eliminação até a última rodada.

Em 2022, o cenário é outro. É uma final de Copa do Mundo com dois times que, provavelmente, são de fato os melhores da competição. Mbappé, que se confirmou como astro mundial há quatro anos, segue em alta, enquanto Messi, que não conseguiu brilhar na Rússia, parece bem diferente.

Até o técnico Didier Deschamps reconhece essa diferença. Há quatro anos, ele deu a missão de parar o argentino especialmente a N’golo Kanté, que ganhou até música entre seus companheiros para celebrar a tarefa bem executada. Messi deu assistência para um dos gols, mas apenas para Sergio Aguero diminuir nos acréscimos.

Kanté também é outra diferença importante para 2022, já que ficou fora da Copa por lesão. Por sua vez, Messi, aos 35 anos, faz seu melhor Mundial – justamente naquele que é seu último.

“Sim, Messi está em uma forma incrível desde o início. Era diferente há quatro anos, claro. Ele jogou como um atacante contra a gente, o que nos surpreendeu. Hoje, ele joga atrás do centroavante, pega muito a bola, corre com ela e está em uma forma incrível. É um dos melhores jogadores do mundo e está mostrando”, elogiou Deschamps.

O técnico da França revelou ainda não ter um plano específico para Messi e a Argentina e ainda tem dúvidas sobre quem terá à disposição ao lado de Aurélien Tchouaméni como volante – Adrien Rabiot, que vinha sendo titular, sofre com febre e foi substituído diante de Marrocos por Youssouf Fofana.

Messi, até aqui, é o artilheiro da Copa do Qatar, com cinco gols, mesma marca de Mbappé, e lidera o torneio também em assistências, com três (empatado com Antoine Griezmann, Bruno Fernandes e Harry Kane). Na semifinal contra a Croácia, ele marcou uma vez e deu passe para outro tento.

No time da Argentina, há uma mudança importante no banco de reservas, já que Jorge Sampaoli foi muito criticado por sua campanha na Rússia. Hoje, o posto é de Lionel Scaloni, que conta com amplo respaldo do grupo e da crítica argentina.

Dentro de campo, também restam poucos remanescentes na escalação que teve Armani, Mercado, Otamendi, Rojo, Tagliafico, Enzo Pérez, Mascherano, Banega, Pavon, Di María e Messi. Somente Armani, Otamendi, Tagliafico, Di María e Messi também estão no Qatar, mas nem todos seguem titulares. Contra a Croácia, por exemplo, a Argentina tinha três dos que começaram contra a França em 2018 nos 11 iniciais: Otamendi, Tagliafico e Messi.

Na França, são nove os campeões do mundo de 2018 que estão também em 2022. Já na escalação que teve Lloris, Pavard, Varane, Umtiti, Lucas Hernández, Pogba, Kanté, Matuidi, Mbappé, Griezmann e Giroud são seis remanescentes, cinco deles ainda titulares – Lloris, Varane, Mbappé, Griezmann e Giroud, enquanto Lucas Hernández foi susbstituído pelo irmão, Theo, por lesão.

Além dos dois gols, Mbappé ainda deu uma arrancada memorável e sofreu o pênalti para o primeiro gol do jogo, de Griezmann, em 2018. Di María e Mercado viraram para a Argentina, Pavard fez o gol mais bonito da Copa do Mundo para empatar, e aí o camisa 7 decidiu de vez para a França, antes de Aguero diminuir no fim.

Se Messi está diferente e capaz de fazer muito mais dano do que há quatro anos, a França espera que seja Mbappé quem brilhe novamente para um final exatamente igual ao de 2018.

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