Para você, o que simboliza uma cabaça? E como o mundo foi criado? Perguntas que são respondidas sob diversas perspectivas e vários pontos de vista, tanto religiosos quanto culturais. Uma dessas perspectivas será vista no dia 27 de dezembro, às 20h, no teatro do Centro Cultural Arte Pajuçara, por meio do espetáculo “Cabaça da Criação – Orixás: O sopro que deu vida”. A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos 1h antes da apresentação.
Com toda a concepção do espetáculo, dramaturgia e direção de Rilton Costa, a peça retrata uma personagem feminina representando Exú, tocando atabaque e evocando todas as personagens da história. Há também uma Yalorixá que conduz toda a contação de histórias como símbolo griote. A personagem feminina está iniciando na religião e busca saciar suas curiosidades sobre a criação do mundo e a criação do homem na cultura Iorubá. Paralelamente, enquanto as histórias são contadas, se personificam ao fundo seres místicos gigantescos que representam os próprios orixás da história.
O elenco do espetáculo é formado pelas atrizes Diamante Preta e Sirlene Gomes, e pelo ator Pedro Leon. Participa também da peça a atriz e percussionista Gi Prettah. No espetáculo haverá rezas cantadas, personagens personalizados, muita música ao vivo, encenações e contação de histórias.
Para Rilton Costa, artista alagoano, também autor e co-diretor do espetáculo “As Marias, as Rosas e os Espinhos”, que já foi apresentado e que abordava histórias das pombagiras, Cabaça da Criação traz uma simbologia do que seria o sagrado tendo como base as religiões de matriz africana de culto aos orixás. O artista contou que está com grandes expectativas para a estreia da nova peça.
“Em respeito a todas as casas de axé, a gente não traz os segredos do sagrado. A gente traz uma simbologia do que seria, do que se faz, do como se faz esse sagrado. No espetáculo o público vai poder conferir o porquê que para gente a cabaça tem esse sentido de vida, assim como a galinha de angola, o pombo, entre outros. Estou ansioso para ver como as pessoas, no geral, vão ver esse espetáculo, principalmente, como elas vão receber essa peça: de maneira positiva ou negativa. Estou com uma expectativa muito grande”, disse o diretor.
A Auá, com suas produções, busca visibilizar temas relevantes para a sociedade, trazendo mais uma vez as religiões de matriz africana para debate e desmistificação. A empresa foi criada e é dirigida pelo produtor cultural Alex Zampielly. Auá vem se consolidando no ramo da cultura, com foco em produções, consultoria e projetos em Alagoas, Sergipe e Bahia. A peça tem o incentivo da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult), por meio da Lei Aldir Blanc, auxílio distribuído para o setor cultural através de editais regulamentados pelo Governo Federal.
SERVIÇO
Apresentação da peça “Cabaça da Criação”
Data: 27 de dezembro
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Arte Pajuçara
Ingressos: gratuitos e disponilizados 1h antes da apresentação
VAGAS LIMITADAS