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Saiba quem era o jovem que morreu horas após ‘ato de bondade’ para colegas de trabalho

Álvaro Dantas Bosquê, de 22 anos, morreu após se envolver em um acidente de trânsito na Rodovia Anchieta.

Amigos falam sobre rapaz que morreu em acidente na Rodovia Anchieta — Foto: Reprodução

Alegre, espontâneo, tranquilo e solidário. Estes são alguns dos adjetivos usados por amigos e colegas de trabalho para definir Álvaro Dantas Bosquê, que morreu aos 22 anos, vítima de um acidente de trânsito na Rodovia Anchieta. O g1 conversou, nesta segunda-feira (19), com pessoas próximas ao rapaz, que contaram detalhes sobre o seu ‘jeito de ser’.

O jovem morreu após ter a moto atingida por um caminhão. Horas antes do ocorrido, Álvaro protagonizou uma atitude que é vista por alguns colegas de trabalho como o seu ‘último ato’ em vida: a compra de sorvete para os funcionários que trabalhavam com ele na sala de uma empresa de engenharia e sistemas de automação em Cubatão (SP).

Álvaro morava no bairro Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo. Além de trabalhar, o rapaz dividia seu tempo com o curso de engenharia mecânica, já no penúltimo período, em uma universidade localizada no mesmo município.

Dedicado ao trabalho e apaixonado por música
Segundo o chefe do jovem, Wellington Rodrigues, uma das pessoas que presenciou seu “ato de bondade”, Álvaro era “humilde, respeitador, educado, prestativo, proativo e honesto”. Ainda segundo ele, tais qualidades são “virtudes que não se compram, não se pegam, não existem em prateleiras de supermercados. Elas vêm de berço. Ele tinha uma grande família, e sempre falava bem dela”, diz.

Wellington acrescentou que, pouco antes de sua morte, Álvaro estava “confuso” com o rumo profissional que escolheria depois de formado. “Ele ainda tinha dúvidas, mas falava que estava gostando de trabalhar com projeto, auxiliando o pessoal de campo [na empresa de engenharia e sistemas de automação].

Antes de morar em Santos, Álvaro viveu em Cubatão (SP). O g1 conversou com Gustavo Galter, amigo de infância que morou na casa ao lado da residência do rapaz por anos. “Desde criança era muito alegre, espontâneo, feliz e solidário. Os anos foram se passando e a atenção e dedicação dele só foram aumentando. Sempre muito centrado nos seus objetivos”.

Ainda de acordo com o amigo, Álvaro amava música e, inclusive, tocava instrumentos. “Eu sempre gostei de violão, e ele sabia. Ficávamos horas e horas na frente de casa, eu e ele. Tinha que ter paciência para me ensinar, viu? Eu sou horrível nisso”, brincou.

O Álvaro era uma pessoa incrível. Aquele amigo que você pedia ‘uma mão’ de ajuda, ele dava o braço todo.
— Gustavo Galter, amigo de infância de Álvaro