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Força do Rio Amazonas volta a destruir casas e deixar famílias desabrigadas no Amapá

Fenômeno meteorológico ameaça moradias sobre o rio na orla de Macapá. Pelo menos 9 famílias foram afetadas, 3 casas ficaram completamente destruídas e outras 6 correm grande risco de desabar.

Maré forte do Rio Amazonas derruba casas no Amapá — Foto: Reprodução/Internet

Casas de madeira construídas sobre o Rio Amazonas desabaram com a força da maré, na orla de Macapá, na manhã desta terça-feira (27). Um levantamento preliminar feito pela Defesa Civil da capital contabilizou até a publicação desta reportagem que 9 famílias foram afetadas, 3 casas ficaram completamente destruídas e outras 6 correm grande risco de desabar.

A tragédia aconteceu na orla do bairro Araxá, na Zona Sul de Macapá. Os primeiros vestígios de desabamento iniciaram por volta das 3h da madrugada. A Defesa Civil informou que toma providências para alojar as famílias que foram atingidas.

“Já verificamos uma escola próxima e se for necessário iremos levar essas famílias para serem abrigadas lá e quem tiver para onde ir nós ajudaremos nessa realocação”, explicou Aldair Santos, coordenador da Defesa Civil da capital.

O drama dos moradores começou quando fortes ventos coincidiram com a agitação do Rio. Vídeos foram divulgados pelos moradores mostrando o desespero para tentar sair das casas e salvar bens. Em um dos vídeos é possível ver as ondas do Amazonas derrubando uma casa.

Por volta das 10h da manhã a maré baixou e a Defesa Civil começou o levantamento de casas atingidas e moradores desabrigados. Ainda para esta terça-feira há previsão de uma nova ocorrência de maré alta no Rio Amazonas.

“Segundo os moradores o pico da maré foi por volta de 3 horas da madrugada, não houve chuva, mas sim muito vento. E já temos uma previsão que no meio da tarde de hoje teremos uma nova ocorrência de maré alta trazendo riscos para os moradores”, disse o coordenador.

Desabamentos

O desabamento das casas na orla de Macapá é um problema antigo e já foi registrado diversas vezes. Em 2008, o muro de arrimo que protegia a região foi destruído pela força do rio Amazonas. Desde então, o problema só piorou e a moradia no local já chegou, inclusive, a ser condenada pela Defesa Civil.

A obra do muro de arrimo do Aturiá chegou a ser concluída pelo governo estadual, mas a falta de aterramento do espaço que ficou entre as casas e a nova construção ainda causa transtornos.