“Eu considerava ela demais, ela é madrinha do meu filho. Estou me sentindo triste, magoada, traída, a gente confia na pessoa, ajudamos de coração e aconteceu essa coisa. Eu nunca esperava isso dela, nesses 4 anos que eu a conheço”, falou.
A colega disse que pretende remover a tatuagem, mas a mágoa e a frustração vão continuar. Outra amiga que tatuou o nome de Débora desabafou que está decepcionada também com si própria por confiar tanto em alguém.
O outro lado
O g1 entrou em contato com Débora e, o pai da jovem reforçou que a filha foi usada por outra mulher. A família, que é do Maranhão, contou que essa mulher apareceu na vida de Débora há 4 meses.
“Ela forjou essa doença, eu acho que ela dopava a minha filha e inventava que esses remédios eram caros. A mulher pegava o dinheiro para comprar os remédios”, narrou.
O pai falou que a filha teve culpa em não checar os dados dessa mulher e acreditar nela. No entanto, ele acredita na inocência da jovem.
“De sábado pra cá, ela tá vomitando sangue, mas ela não tem câncer, ela forjou tudo para pegar esse dinheiro, minha filha não tem esse dinheiro. Se ela tivesse, a gente não estaria nessa cidade, mas sim no Maranhão”, desabafou.
Segundo o pai de Débora, foram encontradas substancias semelhantes à soda cáustica no estomago dela. Em nota, o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informou que a camareira está internada na unidade.
Na última terça-feira (27), o hospital informou que Débora possui o estado de saúde geral regular, consciente e respirando espontaneamente. No entanto, por questões de ética médica, não passou informações de sobre o problema de saúde que causou a internação.
Desconfiança
Uma das colegas de Débora contou que a jovem ia ao banheiro do trabalho e “sangrava” pelo ouvido, nariz e abria a porta pedindo ajuda. Após essas crises, ela ia embora e não deixava ninguém levá-la ao hospital, nem mesmo o namorado, segundo a colega, que não quis se identificar.
As crises repentinas, seguidas de recuperações rápidas, despertaram a desconfiança dos colegas.
“Ela fazia a cirurgia para retirada dos coágulos na cabeça, tinha até paradas cardíacas e no outro dia estava na empresa para trabalhar. Falava que fazia quimioterapia e apresentava estar bem fisicamente, algumas atitudes fizeram elas desconfiarem até que um dia ela foi pressionada a falar a verdade, já que nunca havia apresentado nenhum exame onde comprovava a veracidade da doença”, descreveu.
Matheus Milagre, também colega, contou ainda que Débora dizia que ia às consultas pela madrugada. Pelas redes sociais, Débora divulgou um panfleto pedindo ajuda e contando sua história com a suposta leucemia.
Comoção e revolta